Os interessados em comprar imóveis nos próximos meses podem ficar ainda mais animados. As condições para financiar a aquisição da casa própria são cada vez melhores e novidades continuam surgindo, na esteira do elevado volume de crédito disponibilizado pelos bancos. A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) anunciou um recorde histórico de R$ 1,32 bilhão na aplicação de recursos no mercado imobiliário em março.

O Bradesco anunciou um corte nas taxas de juros de seu plano de financiamento com prestações fixas. A queda foi substancial, de 14% ao ano para 12,5% ao ano para imóveis de até R$ 350 mil, ficando próximo das taxas dos planos pós-fixados. Já nos planos com reajuste pela TR o juro continua de 8% ao ano, nos primeiros 36 meses, mas caiu de 12% para 11,5% mais TR, no restante do prazo, para imóveis de até R$ 120 mil. No caso de imóveis de R$ 120 mil até R$ 350 mil, a taxa anual também será reduzida de 12% ao ano para 11,5%mais TR. Outros bancos podem seguir o movimento nas próximas semanas.

Hora - Portanto, é uma boa hora para a compra da casa própria, sobretudo, para quem mora de aluguel. Você precisa verificar as melhores taxas e condições, porque existem diferenças importantes. O ideal é fugir do IGP-M como indexador, no caso dos contratos realizados diretamente com as construtoras. Essas empresas inclusive estão perdendo terreno no financiamento, por não conseguirem competir em taxa com os bancos. Na verdade, essa nem é a função primária das construtoras e incorporadoras, mas sim a construção. Outra recomendação é observar com carinho os planos de prestações fixas, que apesar dos juros maiores garantem a previsibilidade. No máximo optar por reajustes do saldo devedor pela TR, que é mais controlada e tende a ser menor que os índices de preços no longo prazo.

Com relação a metodologia, o ideal é optar pelo sistema Sacre, ante a tabela Price. No Sacre as prestações são maiores no início. Mas essa é uma boa característica, porque tenderia a ser o máximo a ser pago no financiamento. Assim, você consegue planejar com maior facilidade e segurança. Se os juros subirem muito, a tendência é que as prestações apenas não caiam tanto. Na tabela price, se os juros subirem, você pagará cada vez mais, o que encarecerá o financiamento total

Planos - Diversos outros bancos possuem financiamento com taxa prefixada e você deve ficar atento antes de fechar o contrato, optando pelos menores juros ou aumentando a barganha. O HSBC financia imóveis por 10 anos a partir de R$ 200 mil, com taxa prefixada de 12,68% ao ano. Já no plano pós-fixado, o juro anual é de 8% mais TR, nos primeiros 3 anos, depois de 10,47% ao ano mais TR, para imóveis de até R$ 100 mil. Se o valor for até R$ 150 mil, a taxa anual é de 11% mais TR. Para valores acima de R$ 150 mil, o juro sobe para 12% ao ano mais TR.

No Unibanco, no plano de prestações fixas, o juro é de 14% ao ano, para imóveis de até R$ 350 mil. No financiamento pela TR para imóveis de até R$ 100 mil , a taxa anual fica em 8%, nos primeiros 36 meses, subindo para 12% mais TR, no restante do prazo. No caso de imóveis de até R$ 350 mil, o juro é de 12% ao ano mais TR. Para valores acima de R$ 350 mil, a taxa é de 12,8% ao ano, mais TR.

No Santander, os juros prefixados são de 14% para imóveis de até R$ 800 mil, com prazo de financiamento de até 20 anos. Nos planos com reajuste pela TR para imóveis de até R$ 120 mil, o juro é de 7,95% ao ano, nos primeiros 36 meses, subindo para 12% mais TR, no restante do prazo. No caso de imóveis de até R$ 350 mil, os juros são de 10,95% ao ano mais TR nos primeiros 10 anos, caindo para 8,95% mais TR, a partir desse período. O financiamento é por até 20 anos.

Na Nossa Caixa, no plano prefixado, pode-se financiar imóveis de até R$ 150 mil, e a taxa anual é de 12,5% no prazo de 10 anos, de 13,5% por 15 anos e 14% por 20 anos. No plano com prestações pós-fixadas, os juros são de 7% mais TR, nos primeiros 3 anos, para imóveis de até R$ 40 mil. Se o valor for até R$ 100 mil, a taxa é de 8% ao ano nos primeiros 36 meses, mais TR. Para imóveis entre R$ 100 mil e R$ 150 mil, a taxa será de 10% mais TR nos primeiros 3 anos e para valores acima, a taxa sobe para 12% ao ano mais TR.

Na Caixa Econômica Federal, no plano de 15 anos com juro prefixado, pode-se financiar imóveis de até R$ 130 mil com juros de 12,2%, de até R$ 350 mil com taxa anual de 13,5% e para unidades de valores superiores, o juro será de 13,62%. No plano corrigido pela TR, os juros são de 9,6% mais TR para imóveis de até R$130 mil. Se o valor for até R$ 350 mil, a taxa anual é de 11,4% mais TR. Para valores acima, a taxa sobe para 12,3% ao ano mais TR.

E o mercado de financiamento imobiliário às classes média e alta ganhou esse ano um competidor de peso, com o anúncio da entrada do Banco do Brasil (BB), em parceria com a Poupex, associação de poupança e empréstimo criada pela Fundação Habitacional do Exército. Inicialmente, a instituição financiará em até 15 anos pelo Sistema Financeiro da Habitação e carteira hipotecária com juros de 10,49% e 12%, mais TR, respectivamente.