SÃO PAULO - As empresas de construção empreendedores realizaram obras e serviços no valor de R$ 128 bilhões em 2007, resultando em receita operacional líquida de R$ 122,7 bilhões. Levando-se em conta que as construções executadas registraram aumento de 16,9%, pode-se concluir que houve um aumento real no valor das obras de 10,9%, na comparação com 2006.

Os dados integram a pesquisa anual da indústria da construção realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgada nesta sexta-feira (19).

Emprego
O estudo revelou que, em 2007, 110 mil empresas do segmento empresarial da indústria da construção ocupavam mais de 1,8 milhão de pessoas, o que resultou em um gasto total com o pessoal ocupado de R$ 30,6 bilhões - R$ 20,7 bilhões referentes a salários, retiradas e remunerações, o que significou uma média mensal de 2,3 salários mínimos.

Na comparação entre 2003 e 2007, observa-se que as empresas da construção com cinco ou mais pessoas ocupadas, das regiões Sudeste e Sul, reduziram sua participação no pessoal ocupado e nos salários, retiradas e outras remunerações, mas continuaram sendo responsáveis por mais de 60% destas duas variáveis ante as demais grandes regiões do País.

No Sul, houve a maior perda de participação tanto no nível de pessoal ocupado, que passou de 15,3%, em 2003, para 13,3%, em 2007, quanto nos salários pagos, cujos percentuais passaram de 14,1%, em 2003, para 12,2%, em 2007.

Já o Sudeste, apesar da queda na participação, continua a apresentar os maiores salários do País. Para se ter uma ideia, a média salarial de R$ 850,11, registrada em 2003, passou para R$ 1.068,36, em 2007, o que denota um aumento real de 4%. O resultado foi influenciado pelo desempenho dos estados do Rio de Janeiro, cuja variação foi de 11,2%, na mesma base comparativa, de Minas Gerais (8,1%) e de São Paulo (2,9%).

Investimentos
Em 2007, os investimentos brutos da indústria da construção em ativos imobilizados totalizaram cerca de R$ 5,1 bilhões. A aquisição de máquinas e equipamentos foi o principal investimento, representando cerca de 44,2% do total. Em seguida, vieram os gastos com meios de transporte (23,1% dos investimentos), as compras de terrenos e edificações (21,3%) e outras aquisições, como móveis e ferramentas, que representaram 11,4% do total.

O principal material de construção adquirido foi o cimento, que representou 27,4% do valor dos produtos pesquisados na atividade, seguido pelo asfalto (20,6%), concreto usinado (20,5%), vergalhões (20,4%) e tijolos (11,1%).

 

Fonte: InfoMoney
Karin Sato

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