Recente pesquisa sobre a demanda imobiliária em Maringá aponta que em apenas seis meses dobrou o número de famílias com intenção de compra de imóveis. Realizado entre março e maio deste ano, o levantamento identifica 9.570 maringaenses dispostos a adquirir imóvel.
Esse valor é 135% maior do que o registrado na pesquisa aplicada no segundo semestre de 2008. O número corresponde a 8,6% do total de famílias em Maringá, sendo que ano passado esse número era de 3,7%. A maioria procura imóveis na faixa de até R$ 120 mil.
O motivo desta rápida mudança de cenário está nos cortes das taxas de juros, no crescimento do crédito imobiliário no País e na política habitacional do governo.
Só a Caixa Econômica Federal Liberou R$ 58 milhões em financiamento imobiliário para a região de Maringá, entre janeiro e abril, montante 31,82% maior do que o volume liberado no mesmo período do ano passado.
Para atender essa demanda, construtoras e imobiliárias se concentram para encontrar viabilidades de oferta de imóveis em valores acessíveis. O proprietário da imobiliária Sílvio Iwata, Silvinho Iwata, que também é representante em Maringá e região da construtora MRV - especialista em imóveis de até R$ 120 mil, afirma que está difícil construir imóvel nessa faixa de preço na cidade, principalmente por causa dos altos valores dos terrenos.
Por essa razão, sindicatos, entidades e empresas do mercado imobiliário solicitam a revisão da lei de uso e ocupação de solo para Maringá. “O objetivo é não perder esse boom de intenção de compra que está acontecendo em nível Brasil”, declara Iwata. Ele acrescenta que a solução imediata em Maringá é investir na construção vertical. “Nossa sugestão é que a prefeitura analise e libere esse tipo de obra”.
O representante acrescenta que há muito tempo a MRV cadastra clientes interessados nos valores mais acessíveis. Para atendê-los, a construtora tem novas áreas compradas e, em breve, pretende lançar dois empreendimentos - já em andamento - perto do Centro Universitário de Maringá. Ao todo serão 130 unidades com preços de R$ 80 a R$120 mil. Tudo vertical.
O Grupo da Construtora e Incorporadora Plaenge também pretende atender essa demanda. A previsão é trazer para Maringá, em médio prazo, a marca Vanguard Home, que atua no segmento de preços mais acessíveis. Um dos motivos de espera está justamente nos valores dos terrenos, que dificultam empreendimento na faixa de até R$ 120 mil.
Fonte: Jornal o Diário Maringá
Graziela Castilho
http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/223094/