São Paulo - A aprovação, em dezembro, de novas regras para a utilização de recursos do FGTS em consórcios imobiliários deve dar um novo impulso a esse instrumento financeiro. Segundo estimativa da Associação Brasileira de Adminis­tra­­doras de Consórcios (Abac), o número de consumidores que possuem esse tipo de plano para a aquisição de imóveis deve fechar 2009 com alta de cerca de 3,6%. Para este ano, a expectativa é de cres­­cimento de 10%.

Antes, só era permitido usar o FGTS para dar um lance no consórcio e obter a carta de crédito. Agora, pode-se empregar o dinheiro para pagar parcelas, amortizar o saldo devedor ou quitar o plano.

O consórcio pode ser uma opção atraente se o interessado em adquirir um imóvel conhecer bem o produto e analisar se as suas me­­tas e interesses casam com o instrumento. O ideal é que o consorciado tenha um prazo de médio a longo para comprar sua casa ou apartamento, e também que possua alguma reserva de recursos para dar um lance quando estiver mais próximo do momento em que precisará do imóvel.
 

“A vantagem do consórcio é que o produto une um mecanismo de poupança programada com o investimento na construção do patrimônio familiar’’, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac. Na prática, funciona como um financiamento habitacional com custos bem pequenos – uma taxa de administração de 1% a 1,5% ao ano, en­­quanto o crédito convencional cobra juros de até 12% ao ano. O consumidor só precisa ter certeza de que pode esperar alguns anos para pegar as chaves.

“Se algum cliente me diz que es­­tá adquirindo uma cota porque tem sorte e vai ser sorteado logo, de­­­sencorajo. Não é a melhor alternativa, porque pode decepcionar’’, frisa Márcio Murad, gerente geral de seguros do grupo imobiliário Apsa.

Essencial, a fim de evitar problemas, é conferir se a instituição que está vendendo o consórcio está registrada no Banco Central – é só consultar o site www.bcb.gov.br. Além disso, é preciso ler com cuidado o contrato para saber como é feito o reajuste das parcelas. Não custa, ainda, participar das assembleias para ver o andamento do plano.

Fonte: Folhapress

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