A consultoria de um corretor imobiliário pode representar a diferença entre fechar um bom negócio ou perder uma excelente oportunidade. No momento de escolher entre um imóvel novo e um usado ou o terreno para construir, as pessoas podem ganhar uma série de vantagens que nem todo mundo consegue ver.

Segundo o imobiliarista Junzi Shimauti, um dos segredos dos corretores é usar a sua experiência para avaliar as reais condições de um imóvel. “Uma reforma deixa qualquer imóvel bonito, mas não impede que uma construção antiga tenha problemas estruturais”, menciona.

Para quem é do ramo, estes detalhes são mais fáceis de se ver. Um imóvel de dez anos, por exemplo, pode ser um ótimo negócio ou exigir uma readequação tão cara, que a diferença de preço em relação a um novo não compensa a sua compra.

Uma realidade, especialmente no mercado local, é que o imóvel novo geralmente é melhor avaliado, ainda que tenha dimensões menores ou tenha a “segunda” melhor localização - não tão próxima do centro da cidade. Isso porque esta avaliação considera a depreciação da construção e as facilidades de financiamento que, no caso do imóvel usado, são bem diferentes do financiamento de um imóvel novo.

O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná, Alfredo Canezin, lembra também que nem todos os imóveis antigos foram bem construídos, muitos foram reformados com o passar dos anos e essas mudanças podem representar perda de qualidade.

“O imóvel usado pode ser um bom negócio, mas o que reforçamos é o cuidado na hora de fechar a compra”, diz. A lógica é a mesma da compra de um automóvel seminovo, verifica-se os documentos, as condições estéticas, a parte interna - no caso do imóvel , a parte estrutural, entre outros.

De acordo com Canezin, o profissional que acompanha o cliente na avaliação do imóvel deve ser muito cuidadoso para que a consultoria transmita segurança ao cliente. Itens como a localização e a quantidade de sol ou vento que o imóvel recebe são considerados pelos profissionais na avaliação.

Outro fator é quanto o investidor vai gastar num curto espaço de tempo. “A troca da parte hidráulica e elétrica, por exemplo é uma das providências que não são óbvias, mas conforme a idade do imóvel, já são previstas pelo corretor”, afirma o o diretor da Comissão de Economia e Estatística do Sinduscon-Nor/PR, Cláudio Alcalde.

Na escolha do imóvel para investir, acontece de o corretor oferecer um imóvel novo, um usado e no caso daquele cliente, a compra ideal ser um terreno. Na dúvida, ouça uma segunda opinião.

Fonte: Jornal O Diário Maringá
Juliana Fontanella
http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/241810