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Selos são concedidos a partir da avaliação de critérios que dizem respeito à qualidade e à sustentabilidade

Se qualidade e sustentabilidade são características importantes em construções e edificações, é preciso encontrar formas de comprová-las. Por isso, cada vez mais construtoras e administradoras de edifícios buscam alguma certificação baseada em critérios que vão do uso de materiais de baixo impacto socioambiental até alta eficiência energética, passando até por questões ligadas à mão de obra.

Apesar de trazerem vantagens para os interessados em comprar imóveis, segundo o diretor executivo da ONG GBC Brasil, Felipe Faria, as certificações têm como principal favorecido o próprio setor. “O principal benefício que esse modelo de certificação trouxe foi a elevação do padrão técnico do mercado, pois esse processo começou com edificações corporativas de alto padrão e hoje está presente em diversos setores”, diz.

A certificação pode ser importante também para o consumidor, na hora de negociar um imóvel. Confira os principais selos existentes no mercado.

Casa Azul Caixa
O selo da Caixa Econômica Federal foi criado para classificar os projetos habitacionais financiados pela instituição a partir de 53 requisitos ligados a seis categorias: qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, gestão da água e práticas sociais. O cumprimento de 19 critérios obrigatórios acarreta no recebimento do selo bronze. A partir do cumprimento de mais critérios, a edificação pode receber prata e ouro.

Leed
Presente em mais de 150 países, o certificado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) tem grande presença no setor imobiliário: só no Brasil são 1.044 projetos registrados e 306 projetos já certificados. O selo, concedido apenas a obras finalizadas, tem diferentes tipologias para atender vários setores (edifícios comerciais e residenciais, varejo, hospitais, etc.), mas todas precisam atender requisitos semelhantes que dizem respeito a questões energéticas, uso eficiente da água, qualidade interna do ar, uso de materiais de baixo impacto socioambiental e inovação. No Paraná há 21 projetos certificados.

Procel Edificações
Ligado ao Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica), o selo Procel Edificações tem por objetivo identificar os edifícios mais eficientes no que diz respeito a consumo de energia. Os sistemas avaliados em edifícios comerciais, de serviços e públicos são envoltória, iluminação e condicionamento de ar, enquanto nos residenciais são a envoltória e o sistema de aquecimento de água. Em alguns casos, a certificação pode ser utilizada para comprovar atendimento ao requisito de desempenho energético do processo de certificação LEED.

GBC Brasil Casa
Criada há quatro anos pela GBC Brasil, a certificação é voltada para projetos residenciais. Avalia questões como a localização e o relacionamento com o entorno, uso de energia e uso eficiente da água e uso de materiais de baixo impacto socioambiental. No Paraná, o selo tem um projeto registrado (em avaliação). Para obter a certificação, o projeto precisa ser submetido a análise e revisão. Informações no site(http://www.gbcbrasil.org.br/registrar.php)

Fonte: Gazeta do Povo

 


Setor entregou menos unidades, mas conseguiu vender um pouco mais, o que contribuiu para redução dos estoques


O número de unidades entregues pelo setor da construção civil em Curitiba ao final de 2015 vai cair 13% em relação ao ano anterior. Segundo dados do balanço do setor divulgados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), em 2015 serão entregues 19 mil unidades, ou 2,3 milhões de metros quadrados (m²) construídos.

O resultado está relacionado ao momento de retração pelo qual passa a construção civil, mas é visto como “interessante”. “Ela está sinalizando uma redução no estoque pronto, o que é importante para regular a questão da oferta e demanda”, diz o sócio-diretor da Brain Bureau de Inteligência Corporativa, Marcos Kahtalian.

A redução de estoque, que chegou a 10,4 mil unidades em setembro, também está associada às vendas, que totalizaram 3.785 unidades entre janeiro e setembro deste ano, um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Conforme Kahtalian, a justificativa para isso está na grande quantidade de unidades prontas, geralmente comercializadas mais rapidamente, e nos esforços promocionais das empresas para chamar a atenção de potenciais compradores.

O crescimento das vendas em unidades não foi acompanhado pelo aumento da arrecadação, que foi de 3,3%. Isso porque, mesmo com um preço médio por metro quadrado mais alto, a variação real do preço é negativa devido à alta da inflação. Segundo o presidente do Sinduscon-PR, José Eugênio Gizzi, este é o melhor momento para a compra e a expectativa é que os preços se mantenham. “Não vai haver redução substancial de preço, porque eles não surgem do nada, são baseados nos custos da construção”, diz.

Perspectivas
Os ajustes que aconteceram durante o ano devem continuar em 2016, trazendo mais equilíbrio para o mercado. “Ao longo do próximo ano, principalmente no segundo semestre, é provável que estejamos numa situação mais favorável”, declara Kahtalian. Essa expectativa otimista é notada também nas empresas entrevistadas para a pesquisa “Perspectivas para 2016”, que não só apostam na manutenção e aumento do nível de atividade para o próximo ano, como preveem a contratação de 1.174 novos funcionários.

Para o setor, somados os valores da poupança e do FGTS, a disponibilidade de crédito estará ajustada à demanda. Assim como neste ano, o que continua sendo um desafio é o investimento em obras públicas. “Vai ter um investimento no país de R$ 42,4 bilhões. Eu diria o seguinte, embora o valor pareça expressivo, ele é muito aquém da necessidade do país”, afirma Gizzi. No âmbito estadual, a perspectiva de o governo destinar R$ 1,78 bilhão para a Secretaria de Infraestrutura é vista com otimismo pelo setor. “São valores bastante expressivos, o que o Paraná não via há tempos”, explica Gizzi.

2,4 milhões de metros quadrados
devem ser liberados para a construção até o fim de 2015. O número é 11% menor do que o de 2014 e será semelhante ao de 2007. Para o setor, a redução na liberação de obras também ajudará a estabelecer um equilíbrio entre oferta e demanda. As 19 mil unidades entregues este ano ainda são reflexo do pico de liberação verificado em 2010 e 2011.

Fonte: Gazeta do Povo


Dado foi apresentado em pesquisa realizada pelo Sinduscon-PR

Mesmo passando por um momento de retração, a perspectiva das empresas da construção civil é de contratar 1.174 novos funcionários durante o ano de 2016. O dado é da pesquisa “Perspectivas para 2016”, realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR) com 300 empresas do setor. O número representa 11% do total dos trabalhadores das empresas que participaram da pesquisa.

“Nós trabalhamos com projetos com média e longa duração e isso faz com que a gente não fique pensando no que está acontecendo agora. Vivemos momentos assim [de retração] várias vezes”, resume o presidente do Sinduscon-Pr, José Eugênio Gizzi.

Conforme a pesquisa, divulgada em evento sobre o Balanço do Setor na manhã desta terça-feira (1.º), as empresas com melhor perspectiva de contratação para o ano que vem são as de pequeno porte: 29% delas acreditam que aumentarão o número de funcionários, contra 28% das grandes e 26% das médias.

As empresas mais pessimistas são as grandes, das quais 28% acreditam que vão diminuir o número de funcionários. A tendência, porém, é de manutenção do quadro para 53% das pequenas empresas, 56% das médias e 44% das grandes.

No que diz respeito ao ramo de atividade, a manutenção no número de funcionários é esperado por ao menos 50% de todas as categorias pesquisadas. Já as empresas voltadas para obras públicas são as que mais acreditam no crescimento de quadro de funcionários (31%) e, ao mesmo tempo, na redução deste quadro (19%).

2015
Se até o ano passado o Paraná conseguiu gerar empregos no setor da construção civil, em 2015 o estado fechará o ano com 162 mil empregados no setor, 2% a menos do que em 2014, segundo dados do Caged. Conforme o presidente do Sinduscon-PR, a redução é um reflexo do PIB da construção civil, que segundo projeções da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) fechará 2015 em queda de 9%.

Contudo, o cenário dos empregos no estado é melhor do que o nacional e o de Curitiba e Região Metropolitana, que terão queda de 8% e 6%, respectivamente. “A diferença entre Curitiba e o restante do Paraná é explicada pelo nosso interior, que sofre influência positiva do agronegócio”, explica Gizzi.

Apesar de o preço das commodities também ter sofrido queda durante o ano, a valorização do dólar beneficiou principalmente os produtores agrícolas, o que manteve o mercado da construção civil aquecido no interior.

Mesmo com diminuição no número de empregos, a renda média dos trabalhadores da construção civil continua subindo. Em setembro de 2015, o salário médio no setor foi de R$ 2.182,10, valor 2,82% superior ao registrado em 2014 e 16,8% maior do que a média geral de renda no país.

O crescimento é visto com bons olhos pelo setor, porém, também foi mais lento do que em anos anteriores, devido ao momento pelo qual passa o setor e a economia do país.

Fonte: Gazeta do Povo

Com a crise econômica e a captação líquida negativa da poupança desde o início do ano, o período de restrição de crédito para financiamento imobiliário deve se estender por 2016. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), R$ 60 bilhões vindos da poupança devem ser disponibilizados para o setor no ano que vem. Os recursos da poupança para financiamento imobiliário totalizaram cerca de R$ 113 bilhões em 2014 e devem chegar a R$ 83 bilhões em 2015.

A redução, no entanto, não é vista com pessimismo pelo setor. “É um valor menor do que tínhamos, mas vai estar de acordo com a demanda, que está retraída. Vamos ter crédito para movimentar o setor”, avalia o presidente do Sinduscon-PR, José Eugênio Gizzi. Para garantir isso, o setor está conduzindo negociações diretas com o Ministério da Fazenda para que seja possível fazer um mix composto pela poupança e outros recursos que não tenham taxas de juros tão altas.

Os recursos oriundos do FGTS devem ter peso significativo nesse mix. “No ano que vem, teremos mais recursos do FGTS”, antecipa o gerente regional da Caixa Econômica Federal em Curitiba, Vilmar José Smidarle, mesmo sem uma estimativa oficial da instituição. De acordo com a previsão do Sinduscon-PR, o fundo de garantia também deve disponibilizar cerca de R$ 60 bilhões para financiamento imobiliário, o que representa um aumento de 21,2% no valor projetado para este ano.
Letras imobiliárias

Quem estiver disposto a pagar juros mais altos, poderá contar não apenas com as letras de crédito imobiliário (LCI), mas também com as letras imobiliárias garantidas (LIG), criadas recentemente, segundo Smidarle, devido à necessidade de apresentar novas fontes de recursos ao mercado. “As LIG captam recursos lastreados em ativos que são majoritariamente imobiliários e têm uma taxa de juro maior, e serão uma alternativa nos próximos anos”, diz o gerente regional da instituição, que já está trabalhando com esse novo mecanismo de captação.

O presidente do Sinduscon-PR também acredita que as LIGs devem se tornar uma boa alternativa para o setor, mas não acredita que isso deva acontecer ainda no próximo ano. “É um funding que vai crescer, mas eu não sei se hoje ele está com uma taxa interessante para financiamento”, avalia.
MCMV terá nova faixa e recursos do FGTS

Apesar dos cortes neste ano, o programa Minha Casa Minha Vida será uma grande aposta do setor imobiliário em 2016, especialmente após o anúncio da liberação de R$ 4,8 bilhões do FGTS para atender beneficiários da faixa 1. “Estamos passando de R$ 3,3 bilhões em 2015 para R$ 4,8 bilhões em 2016. É um aumento de 45% e é uma boa notícia”, diz o presidente do Sinduscon-PR, José Eugênio Gizzi. O valor equivale ao corte anunciado em setembro.

Agora, o setor aguarda a normatização da terceira fase do programa, que trará como principal novidade a criação de uma faixa intermediária para atender famílias com renda entre R$ 1.800 e R$ 2.350, com taxas de juros de 5% ao ano. “Dentro dessa faixa é onde está o público com maior déficit habitacional”, explica o gerente regional da Caixa em Curitiba, Vilmar José Smidarle.

Com a novidade, a faixa 1 passará a atender famílias com renda bruta mensal de até R$ 1.800. As rendas abrangidas pelas faixas 2 e 3 serão atualizadas (ver tabela), assim como as taxas de juros aplicadas a cada uma delas. Na faixa 2, os juros vão variar entre 6% e 7% ao ano, enquanto o da faixa 3 será de 8% ao ano.

Conforme Smidarle, porém, o destaque para o mercado curitibano é a atualização dos valores dos imóveis para cada faixa. “Nas faixas 2 e 3, o valor do imóvel em Curitiba vai para até R$ 200 mil. O valor de R$ 170 mil não comportava muitos empreendimentos devido ao valor

 

Fonte: Gazeta do Povo

Sucesso da campanha em anos anteriores anima construtoras e imobiliárias, que prometem bons negócios

Na semana da Black Friday, incorporadoras, construtoras e imobiliárias promovem ações de desconto para atrair clientes que estejam em busca de boas oportunidades para adquirir um imóvel.

A construtora PDG, que realiza promoções na Black Friday há três anos, acredita que a ação vai contribuir para que as vendas em 2015 superem em 20% as do ano passado. “Tivemos resultados bacanas em anos anteriores e optamos por fazer uma campanha mais longa esse ano”, diz o gerente regional da PDG em Curitiba, Felipe Sebben. Segundo ele, por ser uma das últimas oportunidades para aquisição de imóvel com desconto antes do fim do ano, a ação desperta o interesse dos clientes e se torna importante para quem quer vender.

Para o presidente do conselho de franquias da Apolar, Rodrigo Forlan, a promoção de 2015 deve ter um retorno ainda melhor do que a do ano passado. “O mercado imobiliário está diferente, está mais fácil de negociar o desconto”, avalia. Forlan explica ainda que a ação serve também para impulsionar negociações durante semanas após a Black Friday.

A campanha “Black Friday PDG”, que dura até o fim do mês, oferece descontos de até R$ 300 mil em unidades residenciais dos empreendimentos The Square (Portão), Reserva Ecoville e Red (ambos no Ecoville), Village Paraná e Linea Verde (ambos na Linha Verde). Os apartamentos, prontos para morar, têm entre um e quatro dormitórios. Mais informações no site.

A incorporadora Camargo Corrêa também colocou em promoção unidades de cinco empreendimentos: MID Curitiba Home (Centro), Quartier (Água Verde), Set Cabral (Cabral), Vega to Live (Água Verde) e Vega to Work (Água Verde). Os imóveis possuem entre 34 e 158 m² privativos e os descontos variam de R$ 82 mil a R$ 364 mil. As negociações podem ser feitas on-line ou nas imobiliárias Dimensão e Lopes até o dia 30 de novembro.

A Black Week 2015 da imobiliária Apolar oferece descontos de 6% a 23% em imóveis residenciais e comerciais, novos e usados, localizados em Curitiba e Região Metropolitana, e nos litorais do Paraná e de Santa Catarina. As ofertas estão disponíveis em todas as lojas da rede e no site, até o fim do mês.

Até 30 de novembro, a MRV Engenharia também está oferecendo descontos de até R$ 18 mil na negociação de 600 unidades pelo Feirão Black Week. Mais informações no site ou nos plantões de venda.

Apesar das boas expectativas para os resultados das promoções de Black Friday, nem todas as construtoras aderem à ideia. “Se eu faço uma Black Friday, vou estar desvalorizando o meu próprio produto”, afirma o diretor da construtora Conceito & Moradia, Newton Borges dos Reis. Para ele, as campanhas desvalorizam também o cliente que comprou um apartamento antes, principalmente aquele que investiu no imóvel ainda na planta, e criam um vício de mercado.


Sem promoção

Apesar das boas expectativas para os resultados das promoções de Black Friday, nem todas as construtoras aderem à ideia. “Se eu faço uma Black Friday, vou estar desvalorizando o meu próprio produto”, afirma o diretor da construtora Conceito & Moradia, Newton Borges dos Reis. Para ele, as campanhas desvalorizam também o cliente que comprou um apartamento antes, principalmente aquele que investiu no imóvel ainda na planta, e criam um vício de mercado.
Fim de ano é motivo de oferta também no Grupo Thá e na Víncere

Até o dia 29 de novembro, o Grupo Thá realiza a campanha Acredite no Natal Thá, que oferece aos clientes descontos de até 35% na compra de unidades em diversos empreendimentos, incluindo 7th Avenue Live & Work, Viva Vida Residencial e Win. Outros benefícios são parcelas congeladas até a entrega das chaves e desconto de 5% sobre o saldo final do imóvel para pagamento em dia até o processo de financiamento. Os clientes podem obter mais informações no Espaço Thá (Avenida Nossa Senhora Aparecida, 48).

Enquanto isso, a construtora Víncere busca incentivar o uso de 13º salário na aquisição de unidades do Refuge Parque Bacacheri: até 31 de dezembro, o cliente que der o 13º de entrada receberá um desconto no mesmo valor. Os apartamentos têm dois ou três quartos, variando de 64 a 102 m² privativos.

Fonte: Gazeta do Povo

Novos usos para terrenos de edificações tombadas, como o projeto atrás do Castelo do Batel, são opção para manter patrimônio 

A partir de 2019, ano em que completa 91 anos, o Castelo do Batel vai passar a dividir seu terreno com um prédio comercial de arquitetura contemporânea construído pela Cyrela. O uso de parte de terreno será cedido à construtora em troca de apoio para a manutenção do edifício símbolo do Batel, tombado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico desde 1974.

“No início dos anos 2000, a família responsável pela manutenção do Castelo fez consultas para utilizar os fundos do terreno. Desde o tombamento, nos anos 1970, a condição econômica mudou e o conselho pensou que não seria justo que o proprietário de um terreno daquele tamanho, com uma área onde é permitida a construção pela prefeitura, ficasse com ela vazia”, conta a coordenadora do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado de Cultura do Paraná, Rosina Parchen.
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Essa não é a primeira vez que novas construções são autorizadas ao lado de edifícios tombados para garantir sua preservação. Na rua Comendador Araújo, por exemplo, o Hotel Ibis ajuda a manter uma casa construída em 1880, assim como a construção do 1550 Batel, na avenida do Batel, que promoveu a restauração do edifício que abrigou a Churrascaria Parque Cruzeiro, tradicional restaurante nas décadas de 60 e 70, e a casa do Bradesco Prime, também na avenida do Batel, que possui um anexo pequeno e contemporâneo.

Para o arquiteto responsável pelo projeto da Cyrela, Flávio Schiavon, o objetivo desse e de outros empreendimentos semelhantes é possibilitar que o edifício tombado seja autossustentável. “A manutenção é sempre complicada, porque há muitos detalhes arquitetônicos e técnicos”, diz.

Segundo o presidente regional Paraná da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-PR), Keiro Yamawaki, essa mistura entre arquiteturas de tempos diferentes faz parte de uma tendência mundial para a reforma e preservação de edifícios antigos, mas causa divergências entre arquitetos. “Essa mistura entre o novo e o velho é criticada por muitos arquitetos, mas eu não vejo outra solução. A não ser que desse outro uso ao local, transformasse-o num museu, por exemplo. Acredito que só a iniciativa privada consiga manter”, afirma.

Convivência

Para garantir a harmonia entre a arquitetura antiga e a contemporânea, os órgãos responsáveis pela preservação do patrimônio estabelecem condições específicas de distanciamento, altura, cores e revestimento para o projeto do novo empreendimento. “O prédio novo não vai poder ter mais expressão do que o bem tombado, vai ter que respeitá-lo”, explica Rosina.

No caso do projeto da Cyrela, além de estar a certa distância do Castelo, ele terá altura proporcional ao prédio ali estabelecido e utilizará o vidro como elemento de diálogo com a construção antiga.

“No caso específico do Castelo, a melhor vista é a partir da Avenida Batel, mas a percepção fica ruim, porque o cenário de fundo é confuso, com edifícios em estilos, cores e alturas diferentes”, afirma Schiavon. O cenário também é avaliado em sua totalidade pelo órgão responsável pelo tombamento.

O Castelo

Projetado pelo arquiteto Eduardo Fernando Chaves e inspirado nos castelos franceses do Vale do Loire, o Castelo do Batel foi construído entre 1924 e 1928 a pedido do cafeicultor Luiz Guimarães. Tornou-se residência do então governador do Estado, Moysés Lupion em 1947 e, por causa disso, recebeu convidados ilustres, como Juscelino Kubitschek. Em 1974, quando já sediava a antiga TV Paranaense (hoje RPC), foi tombado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico. Recentemente, foi restaurado e hoje funciona como um centro de eventos.

Carta de Veneza

Apesar das opiniões diversas sobre a convivência próxima entre edifícios antigos e novos, a Carta de Veneza, estabelecida em 1964 durante um congresso internacional de arquitetura e adotada no Brasil, determina que as intervenções em áreas ou bens tombados devem ter características do tempo em que foram construídas.

Fonte: Gazeta do Povo

Apartamentos voltados para a família puxaram a alta mensal que foi de 0,8%, elevando a média do metro quadro privativo na cidade para R$ 6.415,31 em setembro

O preço médio do metro quadrado privativo em Curitiba teve variação mensal de 0,8% em setembro desse ano, chegando a R$ 6.415,31, com reajuste em todas as tipologias. Os dados são de pesquisa realizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), em parceria com a BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa, e indicam a retomada dos percentuais de valorização em relação à inflação que, em setembro de 2015, ficou em 0,5%, tomando como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).

A alta foi puxada pelos apartamentos de quatro dormitórios que, na variação mensal, tiveram correção de 3,5%, com preço médio do metro quadrado privativo a R$ 9.380,00. Segundo o presidente em exercício da Ademi/PR, Jefferson Gomes da Cunha, os resultados sugerem o encaminhamento do setor em direção ao desfecho de um ciclo de ajuste entre oferta e demanda e aponta para uma elevação dos preços dos novos empreendimentos em 2016.

“Recentemente a cidade presenciou o ingresso de companhias regionais com lançamentos de luxo, estes geralmente de quatro dormitórios, o que induziu a elevação da média para a tipologia. O mesmo movimento de alta ocorreu nas demais configurações de imóveis o que sugere que os novos empreendimentos estão sendo vindo com preços maiores do que os com unidades prontas para morar. Isso se justifica pelo aumento dos custos dos insumos da construção, que tem reflexo imediato com a alta do dólar, bem como do aumento da carga tributária”, analisa Cunha.

O diretor de Pesquisa de Mercado da entidade de classe, Fábio Tadeu Araújo, explica que esse cenário de equalização entre oferta e demanda é justificado pela retração do estoque de apartamentos residenciais novos em Curitiba - que recuou pelo terceiro mês consecutivo, totalizando 10.362 unidades -, somado a uma expressiva redução da oferta no último mês, em aproximadamente 1,5 mil unidades.

“Esse redimensionamento se deve aos estímulos à compra, especialmente para os imóveis de R$ 250 mil a R$ 400 mil, oferecido pelas construtoras ao longo do ano. Além disso, muitas empresas optaram por fazer seus lançamentos em 2016 e os empreendimentos que foram colocados no mercado nesse ano estão com menos unidades e padrão mais elevado, com três e quatro dormitórios, voltados para as famílias que procuram o segundo imóvel para upgrade. Esse comportamento deve persistir em 2016”, diz.

Na variação mensal, com base em setembro, os apartamentos de três dormitórios tiveram reajuste de 0,6%, com metro quadrado privativo a R$ 6.288,00. Os studios, lofts e apartamentos de dois dormitórios, assim como os apartamentos de dois dormitórios, tiveram variação de 0,4% cada, com metro quadrado privativo a R$ 6.904,00 e R$ 5.816,00, respectivamente.

No acumulado do ano, os imóveis residenciais novos têm variação de 3,6%. Os apartamentos de quatro dormitórios acumulam reajuste acima da média do mercado e do IPCA, em 9,4%, contra 7,6% do índice oficial de inflação no período. Analisando os últimos 12 meses, a variação é de 5% e o desempenho da referida tipologia também está acima da inflação, com valorização de 10,4% contra 9,4% do IPCA. Os apartamentos de três dormitórios também apresentam correção acima da média do mercado, de 4,5%, no acumulado do ano, e de 6% nos últimos 12 meses, tendo setembro como referência.

Bairros - Quanto aos bairros, tomando como base o valor dos imóveis novos disponíveis para a venda em Curitiba, em setembro, o Batel continua a deter o maior valor do metro quadrado privativo para studios, lofts e apartamentos de um dormitório, na média de R$ 10.407,00. O bairro também tem o maior valor do metro quadrado privativo para os apartamentos residenciais novos de dois e três dormitórios, com média de R$ 11.987,00 e de R$ 10.212,00. Em relação aos apartamentos de quatro dormitórios, o Campina do Siqueira continua na liderança, com preço médio do metro quadrado privativo a R$ 11.462,00, em média.

A pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR) e da BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa, em setembro, contou com uma amostra de 370 empreendimentos e 10.362 apartamentos residenciais novos (na planta, em construção ou concluídos), à venda por construtoras, incorporadoras e imobiliárias, em Curitiba, em setembro.

Fonte: Mem Comunicação

Queda na renda reduz demanda e custos da construção civil descolam do índice de correção de preços oficial


Os custos da construção civil vêm subindo menos que a inflação geral neste ano. Em outubro, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 9,93% nos últimos 12 meses, o Índice Nacional da Construção Civil medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) alcançou 7,57% e o índice do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chegou a 6,03% no mesmo período.

“A inflação das famílias está em alta, então a renda está em queda, o que cria um ambiente de insegurança que faz diminuir a demanda por imóveis”, explica a coordenadora de projetos da construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), Ana Castelo.


Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), José Eugênio Gizzi, a baixa demanda provoca uma retração no setor, que se reflete em todos os fatores que compõem os índices de inflação da construção civil: mão de obra, serviços, materiais e equipamentos.

Materiais e equipamentos foram os mais afetados. “Há itens cujos preços tiveram reajustes maiores, como esquadrias de alumínio e tubos de PVC. Mas os itens que mais pesam no custo de uma construção tiveram índices menores e até negativos”, explica Ana. Entre eles estão o aço, cujo preço baixou 0,28% nos últimos 12 meses, e o cimento, que está custando 2,37% menos do que no mesmo período do ano passado.

R$ 1.203,03
foi o valor do Custo Unitário Básico da Construção Civil, em outubro. O índice ajuda a balizar o mercado, mas não considera outros custos como valor do terreno.

Mão de obra
Item com maior peso na composição dos índices, a mão de obra também acaba puxando a inflação para cima, principalmente devido as correções anuais de salários. Ainda assim, com o mercado enfraquecido, os reajustes têm sido mínimos e há demissões no setor. “Durante seis anos, até 2013, demos mais de 50% de aumento real nos salários da construção civil, porque naquela época havia grande competição entre setores pela mão de obra. Hoje ela não existe mais e as reposições salariais têm sido equivalentes à inflação”, diz o Gizzi.

Segundo ele, os serviços, que incluem taxas de licenciamento e gastos com projetos, também estão em baixa, contribuindo para a inflação menor. O que pesa no índice da construção civil são os tributos e os chamados custos administrados –água, energia elétrica, combustíveis –, além da depreciação do real.

Alívio pontual
Apesar de proporcionar um alívio para o setor, a redução de custos com mão de obra, serviços, materiais e equipamentos não vai ajudar a mudar o comportamento do mercado. “Ela não é suficiente para induzir um crescimento, porque a questão é a demanda”, resume a pesquisadora da FGV.

A melhora depende de um cenário macroeconômico de maior estabilidade, o que, segundo o presidente do Sinduscon, depende da redução da pressão inflacionária por meio do ajuste fiscal, do “bom encaminhamento” da crise política e da diminuição da taxa de juros. “O investidor precisa de uma melhora no humor da economia para tirar o pé do freio”, diz Gizzi, que se mantém otimista. “Sabemos que existe um crescimento demográfico e que o déficit habitacional ainda é muito grande. Isso precisa ser resolvido e vai estar em qualquer agenda de governo. Precisamos olhar para frente”, diz.

Aço e cimento
ficaram mais baratos no acumulado dos últimos 12 meses. Bastante utilizados nas obras civis, o custo menor tem pouco peso na inflação do setor.

Em Curitiba, valores de imóveis novos cresceram 4,9%
Apesar do momento ser considerado negativo para a construção civil, o preço dos imóveis em Curitiba continua avançando. Em agosto de 2015, o valor médio pago pelo metro quadrado foi de R$ 6.363,92, um crescimento de aproximadamente 4,9% em relação ao preço médio registrado um ano antes.

O aumento é impulsionado pela inflação. Além de o índice geral estar alto, o preço do imóvel sofre pressão da baixa demanda, em movimento semelhante ao que ocorre com a inflação do setor. “O motivo fundamental é a situação econômica nacional. Com a queda no emprego, por exemplo, afetando a renda, temos uma menor intensidade da demanda”, resume o sócio-diretor da Brain Bureau de Inteligência Corporativa, Marcos Kahtalian.

Segundo ele, o que evita com que aconteça uma queda mais acentuada nos preços é a própria inflação da construção civil. Mesmo mais baixa que a inflação geral, o índice força uma atualização nos custos de construção de imóveis, repassada ao consumidor.

O cenário deve permanecer sob a mesma tendência até o fim do ano. Mas o mercado prevê uma recuperação de preços em 2016. Os valores devem voltar a acompanhar a inflação, cuja projeção até agora é de 6,47%. “O setor espera que no ano que vem o cenário comece a melhorar”, diz Kahtalian. Ainda assim, a recuperação deverá ser mais intensa no final do ano.

Custo Unitário Básico da Construção Civil
Divulgado mensalmente pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil, o Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB) apresenta os custos para a construção por metro quadrado em cada estado do país e é utilizado como mecanismo de reajuste de preços em contratos de compra de apartamentos em construção.

Ainda assim, segundo o presidente em exercício da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), Jefferson Gomes da Cunha, o indicador não está diretamente relacionado ao preço do metro quadrado da construção, porque não abrange gastos com aquisição de terreno, obras e serviços complementares e projetos, entre outros.

Fonte: Gazeta do Povo

Sabe-se que os novos corretores de imóveis encontram as mais diversas e idênticas dificuldades no início de carreira. Pensando nisso, o Creci-PR desenvolveu um projeto chamado Creci-Jovem.  A intenção é desenvolver uma política específica para os novos profissionais, facilitando discussões de problemas comuns, além de integrar os novos profissionais no mercado com condições técnicas e adequadas ao exercício de sua atividade.

O primeiro ciclo de palestras desse projeto será realizado no dia 14 de novembro. Participe!

Custo de vida menor e crescimento dos municípios da região são fatores que impulsionam esse movimento

Se a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) já foi conhecida por abrigar condomínios e loteamentos populares, aos poucos essa imagem vai se modificando, com a migração de condomínios horizontais de médio e alto padrão que não encontram na capital espaço para sua implantação.

“Essa tendência se confirma justamente pela escassez de grandes áreas disponíveis na capital e também pelo alto custo dos terrenos existentes”, explica o presidente em exercício da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), Jefferson Gomes da Cunha.

Para as construtoras, apesar de estarem fora da capital, os empreendimentos chamam a atenção de quem quer morar em casa com segurança e opções de lazer. “É um público muito fiel, então isso faz com que ele ache razoável se deslocar para regiões mais distantes”, afirma o diretor comercial e de marketing da Paysage Empreendimentos, Henrique Penteado Teixeira.

Esse deslocamento também foi facilitado nos últimos anos, o que, para Cunha, é uma vantagem, especialmente quando somado ao menor custo de vida nos municípios da RMC.

Além disso, o crescimento dos municípios da região metropolitana nos últimos anos também torna o investimento nesses empreendimentos interessante para as construtoras. “Existe um mercado a ser explorado nesses locais”, explica Teixeira.

Em alguns casos, os projetos para este novo mercado também podem ser novidade, o que acarreta interesse. “Você passa a oferecer para o morador da RMC algo a que até pouco tempo atrás ele não tinha sem sair do município dele”, diz o diretor da Construtora Strobel, Félix Strobel Júnior, que tem um empreendimento em fase de implantação em Colombo, o Alta Vista Condominium, que ao lado de outros dois condomínios vai integrar o projeto Eccotown da Pedreira.

Distância
A facilidade de deslocamento não é o único fato que “diminui” a distância para quem se muda de Curitiba para um condomínio na região metropolitana. “As pessoas têm uma ligação com a região onde moram”, diz o diretor da Construtora Strobel, Félix Strobel Júnior. Para ele, um morador do Cabral pode preferir viver em Colombo ou Almirante Tamandaré do que em bairros do outro lado da capital.

Características
De modo geral, os condomínios de médio e alto padrão da região metropolitana diferem dos da capital no tipo de unidade oferecida. “Nos municípios da RMC nota-se um número maior de oferta de condomínios horizontais de terrenos do que na capital”, afirma o presidente em exercício da Ademi/PR.

Outro item que pode ser um diferencial é o preço do metro quadrado, que está diretamente relacionado ao custo de aquisição do terreno para implantação do empreendimento, que tende a ser menor fora de Curitiba. É preciso considerar, porém, que o padrão do condomínio também influencia o valor do metro quadrado e que nem sempre um terreno ou casa em empreendimento na RMC será mais barato.

5.542 terrenos
estão disponíveis em condomínios na RMC, segundo dados da Ademi/PR de agosto de 2015. Em dezembro de 2014, eram 1.473 lotes, o que representa um aumento de 276%. Do total, 3.100 são do loteamento popular Green Portugal, em Fazenda Rio Grande. Sem ele, o crescimento do número de lotes foi de 65%.

Espaço possibilita construção de “condomínio-cidade” em Colombo

A disponibilidade de espaço na Região Metropolitana de Curitiba também permite a implantação dos chamados núcleos horizontais residenciais, conjuntos de condomínios residenciais horizontais associados a um centro comercial que funcionam como pequenas cidades. Depois do Alphaville Graciosa, em Pinhais, a partir de 2016 o município de Colombo deve abrigar um empreendimento dessa categoria, o Eccotown da Pedreira, da Construtora Strobel.

“Serão alguns condomínios juntos e, no centro deles, uma área comercial com 18 a 20 lojas, para que a pessoa tenha serviços básicos muito próximos de casa, o que traz conforto”, explica o diretor da empresa, Félix Strobel Júnior. Segundo ele, cada empreendimento terá mais de 200 mil metros quadrados.

Para aumentar a comodidade, os condomínios devem oferecer uma área de lazer que inclui salão de festas e jogos, quadra poliesportiva, churrasqueira e playground, entre outras regalias. Além disso, como o foco do projeto Eccotown é sustentabilidade, os condomínios vão contar com iniciativas como reutilização da água da chuva, telhado verde e coleta de lixo seletiva.

O primeiro empreendimento do Eccotown da Pedreira, o Alta Vista Condominium, já foi lançado e está em fase de implantação. Serão 39 terrenos com pelo menos 360m² privativos. Outros dois condomínios já foram aprovados e a construtora, que enxerga potencial em outras cidades da RMC para a implantação de núcleos semelhantes, pretende aprovar um quarto.

R$ 800 a R$ 1.100
É a faixade preço por metro quadrado com o qual está trabalhando a Paysage Empreendimentos, que está implantando o condomínio Paysage Di Piero em Campo Largo. O preço da Construtora Strobel no Alta Vista Condominium é semelhante.

Fonte: Gazeta do Povo