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O gerente de Crédito Imobiliário do Banco do Brasil, Denílson Gonçalves Molina, participou da primeira reunião da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CII/CBIC), realizada dia 1º de fevereiro, na sede do Secovi-SP. Disposto a atuar ativamente com crédito imobiliário, o Banco do Brasil, maior agente da América Latina, com 24 milhões de clientes espalhados no País - dos quais 22 milhões de pessoas físicas -, aguarda aprovação do Banco Central até o mês de junho para, a partir de setembro, passar a trabalhar no mercado de crédito imobiliário, conforme informou Molina.

Atuando com diretrizes homogêneas, o Banco do Brasil demonstra capacidade de atender as diferenças regionais e se propõe a apoiar os projetos das empresas, financiando a produção de novas unidades. “Apesar de ser um agente financeiro público, o banco quer mostrar que sua atuação é próxima à dos bancos privados”, ressaltou o gerente de Crédito Imobiliário.

Com destacado desempenho no Agronegócio, antes de ambicionar uma fatia do crédito imobiliário o Banco do Brasil avaliou os mecanismos de financiamento de outros países, como Espanha e México. “Ainda estamos desenhando o nosso modelo, mas firmamos desde já o compromisso de operar com humildade para corrigir possíveis erros”, afirmou Molina.

Ousadia, inovação e competitividade são outras promessas do banco para atender a demanda. Sem apresentar detalhes, Molina garantiu que o Banco do Brasil sairá com quatro produtos (dois para pessoa física e dois para jurídica). Porém, o agente financeiro ainda esbarra na dificuldade de funding, pois aqueles alocados da poupança são destinados, exclusivamente, para os negócios agrícolas, com financiamento aos microcréditos, que apresentam baixos índices de inadimplência. “Aguardamos as mudanças na exigibilidade, com alteração nas alíquotas ou a autorização da captação dos recursos em outro produto (imobiliário), que não comprometa a base ruralista”, explicou Molina. Caso o Banco Central não autorize uma ou outra mudança, o agente financeiro pretende operar com recursos de Tesouraria, “é claro, sem tanta competitividade”.

O Banco do Brasil também aguarda a liberação de repasses de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como alternativa de crédito. “Mas não assumiremos o papel social da Caixa Econômica Federal, cujo perfil empresarial é diferente do nosso”, ressaltou Molina, que anunciou a filiação do banco à Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Na avaliação dos empresários presentes à reunião da CII/CBIC, a entrada do Banco do Brasil no segmento imobiliário é bastante bem-vinda, pois o aumento da competitividade trará melhorias nos produtos ofertados – amento de prazos e diminuição de juros, por exemplo. Entretanto, o mercado aguarda, na verdade, o aumento de financiamentos à produção, principalmente aqueles voltados à baixa renda.

A falta de produção de unidades em escala e a ausência de uma sólida política pública de subsídios, que permitam a migração da iniciativa privada para o segmento de habitações de interesse social, pois os bancos privados financiam as classes de alta e média rendas, foram os fatores apontados pelos empresários como causadores do aumento do déficit habitacional, calculado em 7,9 milhões de moradias.

Fonte: Portal Secovi/SC
Uma nova lei, aprovada em dezembro, proporcionará maior segurança para quem pretende comprar um imóvel usado: a matrícula do bem passará a ter um selo a partir do momento em que seu dono sofra ação na Justiça que possa colocar em risco o negócio. Mas se engana quem pensa que os dias de prejuízo por aquisições de imóveis comprometidos estão contados: a lei nº 11.382 apenas soluciona parcialmente o problema.

Sua maior lacuna é a limitação do tipo de ação que pode ser "carimbada" na matrícula: apenas as de execução -as que determinam ao réu o pagamento de uma dívida específica- podem ser averbadas no registro. "Trata-se de um caso muito específico de processo, em que já exista dívida líquida e certa", explica Mateus Leandro de Oliveira, especialista em direito imobiliário da Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados.

Dessa forma, uma série de outras ações que podem condenar um imóvel a servir de pagamento de uma dívida ficam de fora da nova determinação -entre elas, até a de falência. "Podem existir processos mais graves, como discussões de dívidas muito superiores ao valor do imóvel e que não chegaram ainda ao momento de execução", argumenta Oliveira.

A nova lei pode dar, então, uma falsa impressão de que não é mais necessário correr atrás de várias certidões diferentes, em fóruns cíveis, trabalhistas, Justiça Federal, cartórios de protesto etc., para certificar-se de que o imóvel e seu vendedor não têm pendências judiciais. Mas a via crúcis ainda é necessária, ponderam especialistas. Ainda mais porque há uma outra lacuna: o credor não é obrigado a averbar a dívida executada na matrícula do imóvel.
"Mas, se ele fizer a averbação, será uma maior garantia de que ele receberá aquele imóvel como pagamento da dívida", observa Patricia Ferraz, diretora do Irib (Instituto de Registro Imobiliário do Brasil).

Se um imóvel carimbado for vendido, a negociação poderá ser anulada, pois, de acordo com a lei, constituirá uma fraude à execução da dívida do vendedor que estiver pendente na Justiça.

Fonte: Folha de São Paulo
Os corretores de imóveis agora podem determinar o valor de mercado de um imóvel, atribuição que antes era exclusiva dos engenheiros e arquitetos. A legitimidade foi atribuída pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), que dispôs na resolução 957/2006 a competência do corretor de imóveis para elaborar parecer técnico de avaliação imobiliária. “A lei 6530/78 já definia a competência do profissional para opinar quanto ao valor de comercialização de imóveis, porém não eram definidos os critérios para a elaboração do parecer técnico de avaliação mercadológica. Com a resolução, o Cofeci não apenas definiu os requisitos básicos do documento como estabeleceu a formação necessária para o corretor de imóveis atuar na atividade”, explica o presidente do Creci-MG, Márcio Almeida.

Para conquistar o título de avaliador imobiliário é necessário estar regulamente inscrito no Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) e ainda ter diploma de curso superior em gestão imobiliária ou de especialista em avaliação imobiliária concedido por um dos cursos reconhecidos pelo Cofeci. Após essa capacitação, é necessário apresentar alguns documentos ao Creci, que serão remitidos ao Cofeci para análise. Uma vez cumpridos os requisitos necessários, o Conselho Federal concederá ao corretor o Certificado de Registro de Avaliador Imobiliário e ainda o inscreverá no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários (CNAI).

Após emitir o parecer técnico, o avaliador deverá recolher uma via do documento no Creci. O Conselho emitirá um selo para cada documento recolhido, que deverá constar obrigatoriamente no laudo. “Esse controle garantirá segurança ao cliente e credibilidade aos laudos elaborados pelos corretores de imóveis”, explica Márcio Almeida.

Antes da resolução expedida pelo Cofeci, o Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica era produzido por engenheiros e arquitetos, depois de prévia consulta aos corretores de imóveis. “A nova resolução foi um ganho para a classe imobiliária. É preciso entender que cada profissão tem a sua função. Neste caso, a parte mercadológica é atribuição do corretor de imóveis, já para construir um imóvel é preciso procurar engenheiros e arquitetos”, compara Rock Hudson, um dos primeiros corretores de Minas Gerais a obter o título de avaliador imobiliário.

De acordo com Márcio Almeida, essa nova área de trabalho exige aptidão e preparo profissional. “Os corretores interessados em ingressar nessa atividade precisarão de estudo e dedicação para produzir laudos de qualidade, evitando assim contestação judicial”, afirma o presidente do Creci-MG.
O Conselho Regional de Corretores de Imoveis  do Paraná, comunica que, foram aprovados na 1ª etapa da Seleção Publica 01/2006, os candidatos abaixo:

PROVA DE REDAÇÃO
* lista em ordem alfabetica

   - Ana Paula Borges Mozzaquatro
   - Armando de Oliveira Assunção
   - Eduardo Shollenberg Suzuki
   - Erika Nunomura
   - Fabio Borsari
   - Juliana Maria Furlanetti
   - Marco Antonio Cerizza
   - Simone Moreira Busignani
   - Simone Takahashi
   - Valdineia Aparecida Bello

A segunda etapa da seleção ocorrerá no dia 23/02/2007 às 09 horas, na Delegacia Regional do CRECI em Londrina.

Curitiba, 16 de fevereiro de 2007

Mariano Dynkowski
Presidente da Comissão
Uma reunião em Florianópolis e que contou com a presença dos presidentes dos Conselhos Regionais de Santa Catarina, Gilmar dos Santos, do Paraná, Alfredo Canezin, e do Rio Grande do Sul, Flávio Koch, além do presidente do Sindimóveis do Paraná, Daniel Fuzetto, e do vice-presidente do Sindimóveis de Santa Catarina, Edegar Mohr, resultou na confirmação de Florianópolis para sediar a segunda edição do CONSIM – Congresso Sul Brasileiro do Mercado Imobiliário. Também participaram do encontro diretores das entidades.

O evento deverá acontecer de 19 a 21 de julho deste ano, mas os detalhes ainda estão sendo definidos e deverão estar concluídos até a primeira quinzena do mês de março.

A primeira edição do evento aconteceu em Balneário Camboriú em 2005 e reuniu mais de 800 profissionais, principalmente dos três Estados do sul do país. Esta segunda edição deveria ser realizada no Rio Grande do Sul. Mas mudanças no comando do Conselho Regional de Corretores de Imóveis acabaram adiando a realização do evento no Estado gaúcho para o ano de 2009.

Paralelamente ao evento deverá acontecer uma sessão plenária do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, segundo adiantou o diretor-secretário da entidade, Curt Antonio Beims, em evento que aconteceu recentemente em Blumenau.

A exemplo da edição anterior, os interessados em apresentar teses já podem iniciar a elaboração dos trabalhos.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirma: a Caixa Econômica Federal (CEF) não pode executar a penhora de imóveis comprados por terceiros com boa- fé. A hipoteca, uma garantia que incide sobre bens imóveis que pertençam ao devedor, não pode ser estendida a terceiros adquirentes de boa-fé. Se um novo comprador adquirir o imóvel sem saber da hipoteca, está respaldado pela lei para não pagar a dívida que não foi contraída por ele.

A CEF argumentou em um recurso especial apreciado pela Primeira Turma que qualquer negócio entre a incorporadora e os compradores será inadmissível diante da hipótese em que a credora (a instituição financeira) não participou da celebração de contrato de compra e venda para o novo dono, tampouco liberou os vendedores da hipoteca.

A CEF pretendia reverter decisão da Justiça Federal em Brasília que admitiu que o terceiro prejudicado pudesse entrar com ação de embargos de terceiro para se livrar da penhora que incide sobre o imóvel que adquiriu de boa-fé. O STJ, no entanto, considerou que a CEF agiu com negligência na preservação do crédito perante sua devedora ao deixar de fiscalizar a alienação das unidades imobiliárias, na forma prevista no contrato de mútuo.

O relator do processo, ministro João Otávio de Noronha, negou provimento ao recurso com base em duas súmulas da Corte. A súmula 308 do STJ define que a hipoteca formada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa da compra ou venda, não tem eficácia em relação a quem adquiriu o imóvel. A Súmula 84 diz que é admissível a oposição de embargos de terceiros fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda do imóvel ainda que desprovido de registro.
Fonte: STJ
O Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR) tornou-se referência no trabalho de fiscalização do exercício da profissão de Corretor de Imóveis. Há alguns anos, a prática do exercício ilegal da profissão, não era combatido de maneira tão consistente e com resultados tão significativos (em 2006 foram autuadas 326 pessoas).

Um exemplo da organização e do trabalho de fiscalização no estado é o litoral do Paraná que, por muitos anos, principalmente na época de temporada, vinha sendo motivo de inúmeras reclamações por parte de pessoas que eram enganadas por falsos Corretores de Imóveis.

Com um trabalho direcionado à proteção da sociedade e preservação dos seus direitos, bem como a qualidade no serviço, o Creci-PR identificou muitos problemas que vão desde a locação de imóveis sem o conhecimento dos proprietários, imóveis sem vistoria e pessoas que anunciam imóveis nos jornais, alugam o imóvel, recebem os valores e desaparecem, gerando prejuízo para os proprietários, sociedade e profissionais que trabalham de acordo com o que determina a lei.
O Creci-PR, como sempre, foi rigoroso com esses falsos profissionais, que além de não serem habilitados para exercer a profissão de Corretores de Imóveis, são inescrupulosos ao usarem “da boa fé” das pessoas, para lesá-los.

Com o trabalho de fiscalização, esse tipo de contravenção no litoral paranaense, praticamente foi eliminado e os verdadeiros profissionais, os Corretores de Imóveis e a sociedade, são testemunhas e reconhecem o trabalho sério que foi desenvolvido.

Também é importante ressaltar que todos os corretores de imóveis credenciados no Creci-PR, conhecem e sabem das exigências e responsabilidades que devem conduzir a profissão, dentre elas está o número do Creci em todas as veiculações, Cartão de Regularidade do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) e autorizações de venda e/ou locação, entre outras.


A importância do Corretor de Imóveis Credenciado
A grande maioria das transações imobiliárias é feita através de empresas imobiliárias ou escritórios de um Corretor de Imóveis devidamente credenciados. Ao corretor de imóveis, compete exercer a intermediação na transação imobiliária, conforme consta na legislação que regulamentou a profissão (Lei 6.530/78 e Decreto 81.871/78).
Os Conselhos Regionais dos Corretores de Imóveis (Creci´s), que foram criados nos estados, existem exatamente para fiscalizar o correto exercício da profissão e punir exemplarmente quem não obedece à legislação que se refere à categoria destes profissionais. O Creci-PR, com sede Curitiba, segue a legislação vigente, respondendo diretamente ao Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).
A regulamentação, organização e criação dos Conselhos Regionais vieram atender exatamente às necessidades da população, seja ela, sofrida ou não sofrida, sem escolher lados ou partidos, mas garantir que os trabalhos executados pelos corretores sejam os melhores.

Requisitos
Para obter a carteira profissional de corretor imobiliário a pessoa deve ser maior de 18 anos, possuir o ensino médio, comprovar a conclusão do curso Técnico de Transações Imobiliárias (TTI) ou superior de Gestão em Negócios Imobiliários. Com estes pré-requisitos, a pessoa terá direito de inscrever-se no Creci-PR e requisitar sua habilitação para estar habilitada à exercer a profissão de Corretor de Imóveis.
Todas as empresas e corretores de imóveis legalizados têm o certificado de inscrição emitido pelo Creci-PR.  O Corretor de Imóveis tem uma identidade e uma carteira profissional.
É do Corretor de Imóveis, a obrigação de assessorar as partes em toda a transação imobiliária, nunca omitindo dados que possam prejudicá-lo.

Riscos
Comprando através de pessoas não habilitadas, corre-se o risco de se ter problemas com documentação e mesmo prejuízos financeiros, por falta de capacitação profissional ou mesmo má fé.
O risco de contratar o serviço de um corretor desabilitado é perder o dinheiro investido caso o imóvel esteja vendido, houver algum ônus sobre ele ou impedimento legal do proprietário. Em qualquer uma dessas situações, o “falso corretor” não possui responsabilidade jurídica alguma em relação ao negócio. O erro recairá sobre o comprador que não exigiu a credencial do corretor e/ou da imobiliária. A única providência que a vítima poderá tomar é denunciá-lo(s) ao Creci-PR.
Mais informações pelo telefone (41) 3262-5505, sede do Creci-PR, em Curitiba.
Ainda que timidamente, algumas empresas estão despertando para um novo nicho de mercado que se encontra em ascensão: o de pessoas que vivem sozinhas. Formado por quem, na maioria das vezes, não é casado, nem tem filhos, o segmento, denominado pela maioria dos executivos de marketing como single, ganha força por apresentar alto potencial de consumo de produtos e serviços que agilizem o seu dia-a-dia. No entanto, a falta de pesquisas relativas a essa parcela de consumidores inibe as corporações de planejarem ações direcionadas a ela.

De acordo com os últimos indicadores sociais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as unidades unipessoais tiveram crescimento contínuo nos últimos dez anos, atingindo quase 6 milhões em 2005. Esse número corresponde a cerca de 12% da população economicamente ativa brasileira. Na região Norte, esse tipo de arranjo é menos freqüente, mas sua presença chama atenção nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, onde corresponde a 15% do total de domicílios, e Rio de Janeiro, com 13,8%.

Os dados apontam para um mercado promissor, mas não abordam os hábitos e costumes desse segmento, informações fundamentais para que sejam traçadas as estratégias de corporações. "Não existem estatísticas que mostrem uma prática de consumo, tanto em relação a produtos, quanto a serviços, dessa população", diz Antônio Galvão, diretor da Automacom Consultoria de Operações de Varejo.

Mesmo assim, há empresas que estão começando a explorar esse nicho de mercado, oferecendo produtos pensados sob medida. Nas prateleiras de supermercados, os consumidores do segmento single já encontram diversos pratos prontos, sopas individuais, latas de óleo com meio litro, caixas de meia dúzia de ovos e, até, pacotes de pães com metade do conteúdo tradicional. Esses itens buscam atender às demandas dos que vivem sozinhos por porções menores e mais práticas.

A Sadia é uma das poucas corporações que investem consideravelmente neste mercado, através da tradicional linha de congelados, que inclui massas, empanados, tortas, salgadinhos, sopas e até pratos prontos, como o estrogonofe e o filé de frango à parmigiana. A novidade da marca é o Texas Burguer a granel, produto antes vendido apenas em caixa com 12 unidades, que agora pode ser adquirido na quantidade desejada pelo consumidor.

Pesquisas de mercado encomendadas pela Sadia apontaram as classes A e B como maioria no público com comportamento single, que está disposto ainda a pagar por porções menores e por produtos de preparo prático e rápido. Para atingi-lo, a empresa direciona investimentos em ações de mídia e nos pontos-de-venda, pois são esses os meios que mais influenciam nas decisões destes consumidores. A Sadia realiza ação de degustação de novos produtos, abordagem com folhetos, kits promocionais, campanhas promocionais (através da entrega de brindes e realização de sorteios) e exposição em pontos extras e encartes.

A empresa não é a única tentando conquistar esse filão. A Sakura já lançou quatro famílias de produtos que atendem os interesses do segmento. São as sopas instantâneas individuais e diversos molhos para os alimentos. Roberto Ohara, diretor de Desenvolvimento da Sakura Nakaya Alimentos, afirma que o lançamento dos produtos não teve o foco exclusivo para esses clientes, pois todos estão em busca de conveniência e rapidez. As sopas em porção individual foram também uma forma de permitir aos consumidores uma maior experimentação dos sabores diversos. No entanto, o diretor afirma que a parcela de consumidores do segmento single atingida é significativa.

A Sapore by Maison Crevette entrou na disputa, distribuindo produtos em porções individuais, como o bacalhau dessalgado Dias, as tortinhas San Martin e os pães congelados BricoBread. De forma mais estratégica, a empresa aposta bastante nesse mercado, mas já enfrentou problemas com produtos que apresentaram demandas significativas e tiveram fabricação paralisada.

Segundo Leopoldo Cabral, diretor-presidente da Sapore by Maison Crevette, nem sempre vale a pena investir no segmento, principalmente, para as grandes empresas. "Apostamos nesse mercado, pois atuamos predominantemente em nichos pouco explorados. Não há uma exigência do mercado para que esses produtos sejam criados. É preciso sempre associar a demanda aos investimentos", afirma. O executivo garante que, na maioria dos casos, os custos de se reduzir embalagens não justificam a mudança. Mesmo assim, a empresa disponibiliza cerca de 20 produtos em porções individuais.

Marcelo Vieira de Sá, consultor de negócios da Canguru, empresa de embalagens, comprova o que Cabral diz. Segundo ele, a redução da embalagem encarece consideravelmente o produto por utilizar mais material envolvente e diminuir a produtividade na cadeia de produção. "As empresas estão, cautelosamente, testando o mercado. Recebemos muitos pedidos de consulta, mas poucas propostas de desenvolvimento do produto em porções menores", explica Sá. Por outro lado, o consultor afirma que os investimentos estão sendo mais direcionados para a criação de embalagens "stand up post", que podem ser fechadas de forma mais eficiente após o consumo. "Antigamente, víamos uma preocupação grande do mercado em relação à reciclagem, hoje as atenções se voltaram para a reutilização", acrescenta.

mercado imobiliário. Distante da indústria de bens de consumo, o mercado imobiliário também tem sofrido alguns impactos do aumento do mercado dos que vivem sozinhos. Este segmento vem buscando prédios e condomínios que apresentem boa infra-estrutura, com oferta de serviços, e apartamentos com arquitetura requintada e que priorizem a área social, em detrimento das áreas de serviços.

Luiz Henrique Rimes, diretor da Gafisa, foi surpreendido pela grande procura desse tipo de consumidor por apartamentos no edifício Hype Jardins, recém construído pela empresa. Por serem lofts de quarto e sala, são voltados para poucas pessoas. Segundo Rimes, os compradores solteiros estão, em sua maioria, na faixa dos 30 anos e são profissionais liberais. "Depois do lançamento, observamos o público que estava nos procurando e passamos a focar, pela mídia, mais nos executivos jovens, bem sucedidos, que moram sozinhos", afirma. Para o diretor, este setor será mais influenciado quando o PIB aumentar e o segmento tiver mais volume de capital disponível para comprar ou alugar imóveis.
Principal demanda é por serviços
Enquanto a indústria caminha no sentido de aumentar as embalagens para vender mais - já que os hábitos de comer fora de casa ou convidar amigos para as refeições também são apontadas como agentes que minimizam a pressão dos consumidores por mudanças na indústria de alimentos -, os serviços podem sim ser o grande filão para esse nicho de mercado.

"Este é um mercado em ascensão, não para produtos, mas para serviços, como lavanderias e restaurantes que entregam em casa", afirma Luiz Freitas, do Centro de Estudos do Varejo.

A consultora, também coordenadora técnica do curso de pós-graduação em Gestão de Serviços do Instituto de Educação Tecnológica (Ietec), Soraya Gervásio afirma que os consumidores do segmento single buscam ser bem tratados, receber atendimento personalizado e têm tolerância menor a erros. "Esses consumidores não se fidelizam à marca ou ao produto, mas aos benefícios e status conseguidos na transação", afirma.

Pensando nisso, a rede de lavanderias Qualittá ofereceu, durante um tempo, promoções especiais para esse público. Enquanto os consumidores em geral costumam procurar a empresa apenas para a lavagem de roupas delicadas, quem vive sozinho costuma freqüentar o estabelecimento semanalmente, deixando as roupas do dia-a-dia também. "Oferecemos durante um tempo uma promoção com desconto para solteiros cadastrados na loja. Foi uma forma de fidelizá-lo e o resultado foi muito bom. Atualizamos constantemente nossas ações promocionais, mas devemos voltar com a cortesia focada neste público ainda neste ano", afirma Glaucia Gotardi, responsável pelo Marketing do Grupo Acerte Franchising, proprietário da marca de lavanderias.

No varejo, as ações também podem ser adaptadas. Albert Coutinho Mendonça, diretor da Auto Invest Veículos, concessionária mineira, também planeja implementar alguma ação focando o nicho. A possibilidade de financiamento vem permitindo que jovens comprem o primeiro carro mais cedo, aumentando a demanda. "Pelos cadastros dos financiamentos, percebemos que grande parte de nossos compradores é de solteiros", afirma Mendonça. No entanto, outra mudança do perfil do consumidor tem chamado mais sua atenção e deve ter prioridade nas ações. "Recebemos cada vez mais mulheres interessadas em adquirir veículos, e mesmo quando estão acompanhadas de homens, demonstram grande poder de decisão", explica o diretor.

Fonte: Jornal do Commércio
O aquecimento no mercado imobiliário tem deixado os paulistanos que procuram apartamentos de dois quartos com dificuldades em encontrar um imóvel para alugar. Segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci), a procura por este tipo de imóvel é grande: em dezembro de 2006, 74% dos 994 apartamentos alugados em São Paulo eram de dois quartos.

A procura por apartamentos de dois quartos é tanta que já foram formadas filas de espera de até quatro meses, caso da advogada Sandra Virno. “A gente está procurando algo em torno do que a gente já está pagando, mas mesmo assim não estou conseguindo”, diz ela. Somente uma imobiliária da capital paulista deixou de atender 300 clientes pela falta de apartamentos de dois dormitórios.

As famílias de classe média formadas por um casal e com dois filhos são as que mais procuram este tipo de imóvel. Segundo o Creci, a melhora na renda fez com que as pessoas que tinham se mudado para áreas mais distantes agora procurem pontos próximos do trabalho.

Os bairros com maior demanda são: Campo Limpo, Cangaíba, Vila Brasilândia, Itaim Paulista, Itaquera, Guaianazes e Grajaú.

Preços

De acordo com o Creci, apesar da grande procura, os preços não devem subir muito. A recomendação é ter paciência. O aluguel mensal médio de um imóvel de dois quartos custa hoje em São Paulo entre R$ 389 e R$ 885, informa a entidade.

“O valor destes imóveis pelo período que ficaram vagos caiu e ficaram dentro de um valor real. Essas pessoas que tiveram de mudar destas regiões, hoje estão retornando e têm condições de retornar, por isso, essa falta”, explica José Augusto Viana Neto, presidente do Creci.

Fonte: G1 - SP
Boa parte do dinheiro levantado nas captações do setor imobiliário vai financiar o crescimento das empresas daqui para frente. Como o volume de dinheiro na praça é extraordinário, as ofertas certamente vão se multiplicar.

O fato de o Brasil ter mais crédito e uma demanda reprimida não é garantia de sucesso de vendas. Os especialistas já falam em risco de superoferta em cidades como São Paulo e mais ainda em nichos de mercado cujo preço do imóvel varia entre R$ 300 mil e R$ 900 mil.

"Se tivermos muitos lançamentos desse tipo, pode haver excesso de oferta. As empresas vão começar a diversificar o perfil e atuar mais nacionalmente para diminuir o risco. Não dá para fazer essas captações todas e não distribuir os investimentos" avalia o pesquisador do Núcleo de Real State da Poli-USP, Claudio Alencar.

Segundo a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), o segmento de alta renda tem tido uma grande oferta desde 2004, acelerada ainda mais no ano passado, quando o número de lançamento de imóveis de quatro dormitórios superou o de dois. Mais: boa parte dos negócios tem sido fechado por investidores, que compram imóveis na planta para vender mais caro na entrega das chaves. "Se o ritmo continuar assim, em dois ou três anos, vai sobrar apartamento", alerta Luiz Paulo Pompéia, diretor técnico da Embraesp. "A farta oferta de crédito faz com que os empreendedores fiquem iludidos quanto à condição de compra do consumidor."

Prevenção
As empresas, embora confiantes numa explosão de vendas de imóveis nos próximos anos, começam a se mexer para não deixar sobrarem imóveis nos seus estoques. A maioria delas está usando o capital levantado na Bolsa para fazer um grande banco de terrenos, sobretudo em São Paulo, o que as protege de pressões de preço.

A Cyrela diz ter um um estoque de terrenos suficiente para bancar lançamentos nos próximos cinco anos. "As empresas têm um corpo técnico preparado, sabem até que ponto dá para ir", diz o diretor de relações com o investidor da Cyrela, Luiz Largman.

Desde o lançamento das ações da Cyrela, em setembro de 2005, o preço dos terrenos em algumas regiões nobres de São Paulo, como Campo Belo, Moema e Itaim, já subiu 40%, segundo o diretor de relações com o investidor da Rossi, Sérgio Rossi. "Nunca houve algo assim em São Paulo. E cerca de 60% dos terrenos estão sendo adquiridos em dinheiro. O dono de um imóvel está sendo assediado por dez empresas ao mesmo tempo." Há, entre as grandes companhias, uma preocupação em distribuir os projetos geograficamente e por faixas de renda. É consenso no mercado que a média e a baixa renda alimentarão o crescimento daqui para frente.

Segundo um estudo da MCM Consultores, o universo potencial de futuros tomadores de empréstimos imobiliários compreende cerca de 3,5 milhões de famílias que pagam aluguel e têm uma renda acima de cinco salários mínimos. "Se a taxa de juros cair para 6% ao ano, praticamente todo mundo que paga aluguel vai querer comprar um imóvel. Hoje, com 12%, já começa a ficar interessante para alguns", diz o consultor da MCM, Genilson Santana.

O segmento de baixa renda é tão promissor quanto arriscado. "As empresas estão apostando que o Brasil vai crescer 5%. Se a renda não evoluir no mesmo ritmo do endividamento, pode haver uma inundação de imóveis, e as pessoas não vão ter como pagar", alerta o professor de mercado de capitais da FGV/Eaesp, Ernesto Lozardo. "As grandes empresas estão se preparando para diluir riscos. Mas a situação pode ficar nebulosa para os médios construtores no futuro."
A partir da próxima semana o Banco do Brasil passa a disputar espaço no mercado de crédito imobiliário, setor que vem apresentando crescimento rápido e sustentável nos últimos anos, com números que sinalizam um cenário promissor.

Os financiamentos imobiliários do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 9,5 bilhões em 2006, com crescimento de 95,5% em relação a 2005. Apenas em dezembro o volume emprestado foi de R$ 1,03 bilhão, o melhor resultado observado num único mês nos últimos vinte anos.

Enquanto aguarda autorização do governo para operar com linha própria de financiamento imobiliário, o banco do Brasil vai atuar através de parceria com a Poupex.

As taxas ficarão situadas entre 10,49% a.a. e 12,00% a.a., dependendo do valor a ser financiado.