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Há cinco anos a Secretaria de Finanças de Curitiba vem usando imagens de satélite para identificar qualquer mudança na configuração dos imóveis da cidade – o famoso “puxadinho” – que possa resultar no recálculo do Imposto Predial Territorial Urbano, o IPTU. A arrecadação com o tributo passou de R$ 187,2 milhões em 2005 para uma previsão de R$ 310 milhões, neste ano – quase 40% a mais. Desse montante, cerca de R$ 4,5 milhões/ano corresponde à suplementação conseguida pela varredura do satélite, segundo o secretário de Finanças Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani. A previsão para 2011, já encaminhada à Câmara Municipal, é de R$ 328 milhões.

Sistema


O monitoramento, antes feito pelo Google Maps, ganhou ainda mais precisão há dois meses com o uso de um novo sistema por satélite, o Geoeye, adquirido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e que também vem sendo usado para este fim.

Além de estar em crescimento o número de jovens no financiamento imobiliário  pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação), o valor financiado pelos mutuários com menos de 35 anos de idade vem aumentando.

Um balanço divulgado pela CEF (Caixa Econômica Federal) aponta que, em 2000, os empréstimos de até R$ 50 mil representavam 44,6% dos contratos feitos pelos consumidores nessa fixa de idade, enquanto que, em 2010, esse valor equivale a apenas 7,3% dos contratos.

Por outro lado, os contratos com valores entre R$ 50 mil e R$ 80 mil, que não passaram de 4,6% em 2000, agora são 24,2% dos contratos. Empréstimos entre R$ 80 mil e R$ 130 mil também registraram crescimento expressivo na década: enquanto eles eram apenas 1,2% dos financiamentos realizados em 2000, agora já são 17,6%.

Os preços dos apartamentos em Curitiba dispararam nos últimos quatro anos. Dependendo do tipo do apartamento, as cotações chegaram a dobrar no período e, no último ano, a alta chega a 20%. Levantamento da área de inteligência de mercado da empresa de intermediação imobiliária Lopes – que tem presença em 12 estados e no Distrito Federal – mostra que bairros como Centro, Água Verde, Vila Izabel, Cabral e Batel têm, em média, os apartamentos mais caros da capital. Nesses locais, o preço do metro quadrado por área útil fica, em média, entre R$ 4 mil e R$ 4,7 mil. Mas é possível encontrar imóveis cujo metro quadrado fica entre R$ 5,5 mil e R$ 6 mil no Batel, valores equivalentes a alguns bairros de classe média-alta de São Paulo.

A pesquisa da Lopes, referente a setembro, foi realizada com base em uma amostra de 3.753 unidades em oferta na cidade. O levantamento cobriu os bairros que concentram os principais lançamentos imobiliários na capital.

O Feirão de Imóveis de São José dos Pinhais, evento pioneiro no setor de imóveis na cidade, terá sua segunda edição entre os dias 22 e 24 de outubro, no Shopping São José. São 552 metros quadrados com 23 expositores, dentre eles 19 imobiliárias, que estão preparadas para receber um público diversificado. De acordo com o coordenador da Câmara Setorial Imobiliária da ACIAP-SJP, Valdecir Neves Ribeiro, o público encontrará na feira opções para todos os gostos e bolsos. “Teremos tanto casas de alto padrão quanto imóveis populares. Este ano muitos lançamentos de empreendimentos e financiamentos serão divulgados, além da inserção do programa Minha Casa Minha Vida”, destaca Ribeiro.

O Feirão, que em 2009 recebeu aproximadamente 5 mil visitantes, é retomado em 2010 com a expectativa de 6 mil visitas. Além de todos os apoiadores de 2009, este ano o evento conta com uma novidade, a presença do Bradesco. Entre os apoiadores estão a Prefeitura de São José dos Pinhais; Associação Comercial, Industrial, Agrícola e de Prestação de Serviços de São José dos Pinhais (ACIAP); Câmara Setorial Imobiliária; Sistema Cofeci/Creci-PR; Shopping São José; Imóveis São José.

A possibilidade de morar  em locais com grandes áreas arborizadas, com maior segurança, garantindo, ao mesmo tempo, a melhor relação custo-benefício está levando futuros mutuários a buscarem loteamentos ao invés de condomínios.

Para se ter uma ideia, somente a Lello Condomínios é responsável por 33 mil unidades desse tipo de empreendimento. O número é 266% maior que o registrado no final do ano passado.

Apesar de permitir uma maior qualidade de vida, quem migra para loteamentos deve ficar atento à rotina bem diferente da de condomínios residenciais. Por isso, é melhor conhecer os detalhes que envolvem esses empreendimentos e os custos, antes de decidir pela mudança, uma vez que eles podem pesar no bolso de quem não se precaver.

SÃO PAULO – Os juros dos financiamentos imobiliários  no Brasil são um dos mais altos do mundo, constatou estudo feito pela consultoria AT Kearney. Segundo o levantamento, a taxa de juros média para crédito imobiliário é de 11,3% ao ano.

O Brasil, na análise feita com outros quatro países (Rússia, Estados Unidos, Chile e Espanha), só perde para a Rússia, cuja taxa de juros média supera os 14% anuais.

“A taxa é mais alta por questões estruturais”, afirma a vice-presidente da consultoria, Silvana Machado. Ela explica que muitos fatores elevam os juros ao consumidor que contrata crédito para comprar a casa própria.

O risco embutido nessa comercialização, apesar de estar em constante queda, é um deles, bem como os custos envolvidos no processo de concessão do empréstimos. “Nessa conta entram os custos de captação, os custos operacionais e os custos do próprio processo do crédito”, explica Silvana.

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná informa que o Convênio Caixa-Creci foi rescindido, no dia 13 de julho de 2010, pela Caixa Econômica Federal através da Gerência de Alienação de Bens Moveis e Imóveis (Gilie/CT).

O Convênio Caixa/Creci constituía em intermediar a venda e a desocupação de imóveis adjudicados de propriedade da Caixa em todo Paraná, por meio de corretores de imóveis inscritos no Convênio.

Com o cancelamento do Convênio Caixa/Creci, a Caixa Econômica Federal promoveu, por meio de licitação, o credenciamento (nº 018/2010) e a contratação de imobiliárias para prestarem serviços de intermediação de vendas dos imóveis. Portanto, somente estas empresas estão aptas a realizar os serviços descritos acima. Todas as imobiliárias habilitadas estão devidamente inscritas junto ao Creci/PR.

Segue a listagem das 27 imobiliárias que atenderam as exigências do edital e  foram habilitadas pela Caixa Econômica Federal.

O Banco do Brasil (BB) negocia parcerias com consultorias e imobiliárias para ampliar sua presença no crédito habitacional. O modelo de referência é o do Banco Itaú, que se associou com a Lopes há mais de dois anos e, recentemente, fechou parceria com a imobiliária Coelho da Fonseca, voltada para o mercado de imóveis para um público com maior renda.

O vice-presidente de cartões e novos negócios do BB, Paulo Rogério Caffarelli, confirmou que o banco está se movimentando nesse sentido, mas não quis mencionar nomes de potenciais parceiros. Para Caffarelli, essas parcerias permitem simplificar a oferta do financiamento. O ideal seria, segundo ele, deixar o funcionamento do segmento semelhante ao que ocorre no ramo de veículos, em que o financiamento é feito em conjunto com a venda do carro na concessionária, em uma operação simples sem a necessidade de ir ao banco.

O aumento do crédito disponível, a redução das taxas de juros e o crescimento do emprego estão fazendo o financiamento habitacional bater recorde no país. A Caixa Econômica totalizou R$ 47,69 bilhões em empréstimos do início do ano até 3 de setembro, 87,6% mais do que no mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado ontem. O montante supera todo o volume emprestado em 2009, de R$ 47,05 bilhões. O forte ritmo de contratações já fez o banco refazer suas estimativas para o resultado do ano duas vezes. A previsão inicial era alcançar R$ 55 bilhões, volume que passou para R$ 60 bilhões e agora deve chegar a R$ 70 bilhões, quase 50% mais do que em 2009. Até setembro foram contratadas 778.717 unidades, contra 896.908 unidades em todo o ano passado.

No Paraná, os financiamentos somaram R$ 3,1 bilhões (42.277 unidades) até setembro e, se mantido o atual ritmo, esse montante deve superar R$ 4,2 bilhões, 30% mais do que no ano passado, segundo o superintendente regional em Curitiba, Hermínio Basso. Na capital o crescimento deve chegar a 40%, para R$ 2 bilhões em financiamentos. “Os números são impressionantes. A cada 18 dias fazemos todo o volume contratado em 2003”, diz.

Quem tem pouco dinheiro no bolso, mas quer ganhar com o bom momento do mercado imobiliário no Brasil pode apelar para os fundos imobiliários. Eles seguem a valorização dos imóveis e permitem aporte a partir de R$ 1 mil em empreendimentos de alto valor, mais escassos e seguros.

A vantagem dos fundos vem, em parte, dos problemas de investir em imóveis propriamente ditos, principalmente se ele corresponde à maior parte do capital do investidor. Segundo Luiz Calado, autor de Imóveis: Seu Guia para Fazer da Compra e Venda um Grande Negócio, além de concentrar o risco em uma só aposta, o processo de imobilização – e depois desimobilização – é caríssimo: custa 6% de corretagem e até 3% de ITBI, além do custo de cartórios.

Segundo Sergio Belleza, consultor de investimentos imobiliários, os fundos rendem líquido (sem impostos) entre 0,7% e 1,1% ao mês, sem contar a valorização da cota. No caso dos imóveis físicos, a renda mensal com aluguel fica entre 0,6% e 0,7% do valor do imóvel e ainda paga IR de até 27,5% ao mês. A maioria dos investidores pessoa física só conhece o mercado residencial de imóveis, mas o setor comercial (escritórios, shoppings, hospitais) foi o que primeiro reagiu no Brasil.