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O valor médio dos financiamentos  de imóveis com recursos da poupança cresceu quase 12% nos primeiros quatro meses deste ano, frente ao valor de 2009.

No primeiro quadrimestre deste ano, o valor médio era de R$ 125,6 mil, ante R$ 112,4 mil em 2009. Frente a 2008, quando os brasileiros tomavam em média R$ 112,4 mil para a aquisição de um imóvel com recursos das cadernetas, houve aumento de quase 14%.

A evolução, de acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), reflete as condições macroeconômicas favoráveis, aliadas a uma forte gestão de risco, que favorecem o aumento do valor médio dos financiamentos para os mutuários.

O governo federal estuda incluir os imóveis usados no programa “Minha casa, minha vida”, transferindo para as unidades de segunda mão os mesmos incentivos concedidos para os imóveis novos, como subsídio (desconto), fundo garantidor e redução dos custos cartorários e de seguro. A ideia partiu do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci), que enviou as reivindicações diretamente ao presidente Lula.

Segundo o vice-presidente do Cofeci, José Augusto Viana Neto, o Brasil tem quatro milhões de residências usadas disponíveis para ocupação imediata e que poderiam ser colocadas à disposição da população que procura moradias de até R$ 130 mil, teto dos imóveis incluídos no programa.

— Esse não é um pleito corporativo, mas uma reivindicação que atende a sociedade. O “Minha casa, minha vida” foi criado para ajudar a economia a se aquecer num momento de crise. O problema passou e agora as pessoas que precisam de moradia imediatamente merecem esse respeito. As condições atuais de financiamento dos imóveis usados não são convidativas como as oferecidas aos novos — disse Neto.

Paisagens de lagos, pontes e mata nativa formam o parque Tingui, obra de saneamento e preservação am­­­­biental, que atrai o investimento imo­­­­biliário voltado para o alto pa­­­­drão. “É quase como morar no campo, há condomínios onde se vê inúmeras espécies de aves e uma flora muita rica”, aponta o diretor comercial da Loft Imóveis, Augusto Al­­­bertini, que negocia seis residências localizadas no en­­torno do parque.

O vice-presidente administrativo do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), Paulo Celles, explica que a região concentra dois padrões de imóveis e uma variação de preço elástica. “Há os condomínios, casas de alto padrão e residências simples que foram construídas há décadas, antes do desenvolvimento do bairro”, comenta.

Uma pesquisa da entidade aponta que a variação do preço de metro quadrado de casas, com frente para rua, varia de R$ 1.200 a R$ 2.200.

Ao mesmo tempo em que representa o sonho da casa própria, a decisão de iniciar um financiamento imobiliário envolve uma série de aspectos a serem analisados. Um deles é a modalidade escolhida, algo que pode fazer grande diferença no seu orçamento pelos próximos anos.

No País, há basicamente dois tipos de financiamento hoje praticadas para financiar um imóvel: SAC e Price. Embora essa última provenha do estatístico francês Richard Price, o nome é utilizado apenas no Brasil – sendo conhecido nos demais países por algo equivalente a sistema de parcelas constantes.

O professor de matemática financeira e vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, José Dutra Sobrinho, explica que a primeira coisa a se ter em mente é que os sistemas representam um plano para se liquidar uma dívida e a principal diferença entre eles é que, em um, as prestações são sempre iguais e, no outro, embora o valor das parcelas mensais seja diferente, a quitação do valor principal do empréstimo é sempre a mesma, variando apenas a quantidade de juros que se paga.

Dutra mostra a diferença entre o financiamento Price e SAC por meio de um exemplo simples. Vamos considerar um empréstimo de R$ 100 mil, pagos em 100 prestações mensais, com taxa de 1% ao mês. 

Os saques de recursos do FGTS para a compra da casa própria cresceram quase 30% no primeiro quadrimestre do ano em relação a igual período de 2009, informa Julianna Sofia em reportagem na Folha desta sexta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do UOL e do jornal).

De janeiro a abril, 299.929 trabalhadores sacaram R$ 2,1 bilhões de suas contas no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para a compra de moradia. Desse valor, 76,5% foram usados por pessoas com renda acima de cinco salários mínimos (R$ 2.550). Só a faixa de renda superior a dez pisos salariais (R$ 5.100) foi responsável por metade dos recursos retirados.

O levantamento aponta que, entre quem ganha até cinco salários mínimos, o valor sacado não chegou a um terço do volume global. Nessa faixa de renda estão as famílias enquadradas pelo governo em programas de habitação popular, com recursos subsidiados. Essa parcela da população (ganhos até cinco salários mínimos) responde por 95% do deficit habitacional do país.

A alta do crédito habitacional já faz com que essa modalidade tenha o mesmo peso do financiamento de veículos na economia brasileira.

Segundo dados do Banco Central, no começo de 2009 o financiamento para veículos superava o crédito imobiliário em quase 30%. Hoje, a diferença é inferior a 1%.

A venda a prazo de veículos cresceu 30% nos 12 meses encerrados em abril e bateu recorde por causa do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido que vigorou até março. No mesmo período, o crédito imobiliário no país avançou 50%.

As duas modalidades de crédito superaram no começo do ano R$ 100 bilhões em financiamentos cada uma.

Um dos fatores responsáveis por esse crescimento é o aumento nos prazos dos financiamentos. Desde abril de 2009, o prazo médio do financiamento habitacional, que pode chegar a 30 anos, aumentou dois anos.

Claudio Sandri recebeu o título de Cidadão Benemérito de Maringá, na última quinta feira. A cerimônia, realizada na Câmara Municipal, teve a participação de 250 pessoas, entre elas autoridades do setor imobiliário, políticos, familiares e amigos do empresário. A homenagem foi proposta pelo vereador Flávio Vicente. Sandri é corretor de imóveis há 36 anos, e conselheiro do Creci/PR há mais de 25 anos.

O prefeito de Maringá Silvio Magalhães Barros II foi quem entregou o título de cidadania a Sandri. Silvio reconheceu a garra do corretor e os relevantes serviços prestados ao município. “Eu me sinto privilegiado pela oportunidade de assinar o documento que registra um pouco da história da cidade e homenageia o trabalho do empresário”.

O Presidente do Creci/PR Alfredo Canezin participou da solenidade. Canezin relatou que o empresário é merecedor deste título. “Sandri foi um dos pioneiros de Maringá, cresceu junto com a cidade e sempre foi um profissional honesto, participativo e competente, por isso merece esta homenagem”.

Com o cenário  mais favorável, os brasileiros estão correndo atrás da compra da casa própria. Na outra ponta, o mercado tem se movimentado para conquistar cada vez mais os clientes, diante da maior competitividade. Um exemplo é que já é permitido o pagamento da casa própria por meio do cartão de crédito.

Na realidade, por enquanto, construtoras e incorporadoras aceitam o uso do plástico para pagamento do valor da entrada da casa ou do apartamento, montante que varia bastante de acordo com as condições financeiras do próprio cliente e do valor da propriedade.

Em novembro do ano passado, a Cury Construtora deu o pontapé para esta tendência. “Acreditamos que, ao adquirir sua casa própria, o consumidor está realizando um sonho. Entretanto, este caminho pode ser difícil, especialmente no que diz respeito ao crédito. A inclusão do limite do cartão de crédito como parte da renda é um facilitador”, afirmou o presidente da construtora, Fábio Cury.

O valor total dos negócios do 6º. Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal (CEF) em Curitiba quase triplicou com relação ao feirão de 2009. Neste ano, o montante dos negócios foi de R$ 538,4 milhões e ano passado foi de R$ 184 milhões, o que representa aumento de 193%. Já o número de negócios aumentou de 2.420 em 2009 para 5.686 negócios em 2010. O feirão da capital paranaense começou na última sexta-feira (14) e foi encerrado no domingo (16).

De acordo com a assessoria da Caixa Econômica Federal (CEF), o aumento no número de negócios e no valor total movimentado na sexta edição do feirão ocorreu porque o foco este ano foi o Programa Minha Casa MinhaVida do governo federal. Nove mil imóveis estavam dentro dos parâmetros do programa, o que equivale a 60% dos 15 mil imóveis ofertados no feirão de 2010. Dos 5.686 negócios fechados, 2.349 imóveis eram do Programa Minha Casa Minha Vida

Aproximadamente 36,6 mil pessoas passaram pelo evento ao longo dos três dias. No ano, passado foram 34,1 mil visitantes.

O vice-presidente do Ibef (Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças), Luiz Calado, afirmou que a estabilidade econômica torna o investimento em imóveis residenciais cada vez mais seguro, tanto no caso de compra para a venda quanto no de compra para aluguel.

Dentre as características desta modalidade, ele apontou a união de garantia com rentabilidade de forma constante, liquidez relativa e valor agregado de geração para geração.

O aquecimento do mercado imobiliário – que garante liquidez ao investimento – é revelado pelos dados que mostram que, só neste ano, a CEF (Caixa Econômica Federal) já emprestou R$ 21,17 bilhões para a compra da casa própria, mais do que o dobro do identificado no mesmo período de 2009.

Cuidados na compra
Alguns cuidados, por sua vez, devem ser tomados na hora de adquirir um imóvel como forma de investimento, segundo o advogado Pedro Lessi, especialista em direito imobiliário e do consumidor.