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Novos usos para terrenos de edificações tombadas, como o projeto atrás do Castelo do Batel, são opção para manter patrimônio 

A partir de 2019, ano em que completa 91 anos, o Castelo do Batel vai passar a dividir seu terreno com um prédio comercial de arquitetura contemporânea construído pela Cyrela. O uso de parte de terreno será cedido à construtora em troca de apoio para a manutenção do edifício símbolo do Batel, tombado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico desde 1974.

“No início dos anos 2000, a família responsável pela manutenção do Castelo fez consultas para utilizar os fundos do terreno. Desde o tombamento, nos anos 1970, a condição econômica mudou e o conselho pensou que não seria justo que o proprietário de um terreno daquele tamanho, com uma área onde é permitida a construção pela prefeitura, ficasse com ela vazia”, conta a coordenadora do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado de Cultura do Paraná, Rosina Parchen.
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Essa não é a primeira vez que novas construções são autorizadas ao lado de edifícios tombados para garantir sua preservação. Na rua Comendador Araújo, por exemplo, o Hotel Ibis ajuda a manter uma casa construída em 1880, assim como a construção do 1550 Batel, na avenida do Batel, que promoveu a restauração do edifício que abrigou a Churrascaria Parque Cruzeiro, tradicional restaurante nas décadas de 60 e 70, e a casa do Bradesco Prime, também na avenida do Batel, que possui um anexo pequeno e contemporâneo.

Para o arquiteto responsável pelo projeto da Cyrela, Flávio Schiavon, o objetivo desse e de outros empreendimentos semelhantes é possibilitar que o edifício tombado seja autossustentável. “A manutenção é sempre complicada, porque há muitos detalhes arquitetônicos e técnicos”, diz.

Segundo o presidente regional Paraná da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-PR), Keiro Yamawaki, essa mistura entre arquiteturas de tempos diferentes faz parte de uma tendência mundial para a reforma e preservação de edifícios antigos, mas causa divergências entre arquitetos. “Essa mistura entre o novo e o velho é criticada por muitos arquitetos, mas eu não vejo outra solução. A não ser que desse outro uso ao local, transformasse-o num museu, por exemplo. Acredito que só a iniciativa privada consiga manter”, afirma.

Convivência

Para garantir a harmonia entre a arquitetura antiga e a contemporânea, os órgãos responsáveis pela preservação do patrimônio estabelecem condições específicas de distanciamento, altura, cores e revestimento para o projeto do novo empreendimento. “O prédio novo não vai poder ter mais expressão do que o bem tombado, vai ter que respeitá-lo”, explica Rosina.

No caso do projeto da Cyrela, além de estar a certa distância do Castelo, ele terá altura proporcional ao prédio ali estabelecido e utilizará o vidro como elemento de diálogo com a construção antiga.

“No caso específico do Castelo, a melhor vista é a partir da Avenida Batel, mas a percepção fica ruim, porque o cenário de fundo é confuso, com edifícios em estilos, cores e alturas diferentes”, afirma Schiavon. O cenário também é avaliado em sua totalidade pelo órgão responsável pelo tombamento.

O Castelo

Projetado pelo arquiteto Eduardo Fernando Chaves e inspirado nos castelos franceses do Vale do Loire, o Castelo do Batel foi construído entre 1924 e 1928 a pedido do cafeicultor Luiz Guimarães. Tornou-se residência do então governador do Estado, Moysés Lupion em 1947 e, por causa disso, recebeu convidados ilustres, como Juscelino Kubitschek. Em 1974, quando já sediava a antiga TV Paranaense (hoje RPC), foi tombado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico. Recentemente, foi restaurado e hoje funciona como um centro de eventos.

Carta de Veneza

Apesar das opiniões diversas sobre a convivência próxima entre edifícios antigos e novos, a Carta de Veneza, estabelecida em 1964 durante um congresso internacional de arquitetura e adotada no Brasil, determina que as intervenções em áreas ou bens tombados devem ter características do tempo em que foram construídas.

Fonte: Gazeta do Povo

Apartamentos voltados para a família puxaram a alta mensal que foi de 0,8%, elevando a média do metro quadro privativo na cidade para R$ 6.415,31 em setembro

O preço médio do metro quadrado privativo em Curitiba teve variação mensal de 0,8% em setembro desse ano, chegando a R$ 6.415,31, com reajuste em todas as tipologias. Os dados são de pesquisa realizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), em parceria com a BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa, e indicam a retomada dos percentuais de valorização em relação à inflação que, em setembro de 2015, ficou em 0,5%, tomando como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).

A alta foi puxada pelos apartamentos de quatro dormitórios que, na variação mensal, tiveram correção de 3,5%, com preço médio do metro quadrado privativo a R$ 9.380,00. Segundo o presidente em exercício da Ademi/PR, Jefferson Gomes da Cunha, os resultados sugerem o encaminhamento do setor em direção ao desfecho de um ciclo de ajuste entre oferta e demanda e aponta para uma elevação dos preços dos novos empreendimentos em 2016.

“Recentemente a cidade presenciou o ingresso de companhias regionais com lançamentos de luxo, estes geralmente de quatro dormitórios, o que induziu a elevação da média para a tipologia. O mesmo movimento de alta ocorreu nas demais configurações de imóveis o que sugere que os novos empreendimentos estão sendo vindo com preços maiores do que os com unidades prontas para morar. Isso se justifica pelo aumento dos custos dos insumos da construção, que tem reflexo imediato com a alta do dólar, bem como do aumento da carga tributária”, analisa Cunha.

O diretor de Pesquisa de Mercado da entidade de classe, Fábio Tadeu Araújo, explica que esse cenário de equalização entre oferta e demanda é justificado pela retração do estoque de apartamentos residenciais novos em Curitiba - que recuou pelo terceiro mês consecutivo, totalizando 10.362 unidades -, somado a uma expressiva redução da oferta no último mês, em aproximadamente 1,5 mil unidades.

“Esse redimensionamento se deve aos estímulos à compra, especialmente para os imóveis de R$ 250 mil a R$ 400 mil, oferecido pelas construtoras ao longo do ano. Além disso, muitas empresas optaram por fazer seus lançamentos em 2016 e os empreendimentos que foram colocados no mercado nesse ano estão com menos unidades e padrão mais elevado, com três e quatro dormitórios, voltados para as famílias que procuram o segundo imóvel para upgrade. Esse comportamento deve persistir em 2016”, diz.

Na variação mensal, com base em setembro, os apartamentos de três dormitórios tiveram reajuste de 0,6%, com metro quadrado privativo a R$ 6.288,00. Os studios, lofts e apartamentos de dois dormitórios, assim como os apartamentos de dois dormitórios, tiveram variação de 0,4% cada, com metro quadrado privativo a R$ 6.904,00 e R$ 5.816,00, respectivamente.

No acumulado do ano, os imóveis residenciais novos têm variação de 3,6%. Os apartamentos de quatro dormitórios acumulam reajuste acima da média do mercado e do IPCA, em 9,4%, contra 7,6% do índice oficial de inflação no período. Analisando os últimos 12 meses, a variação é de 5% e o desempenho da referida tipologia também está acima da inflação, com valorização de 10,4% contra 9,4% do IPCA. Os apartamentos de três dormitórios também apresentam correção acima da média do mercado, de 4,5%, no acumulado do ano, e de 6% nos últimos 12 meses, tendo setembro como referência.

Bairros - Quanto aos bairros, tomando como base o valor dos imóveis novos disponíveis para a venda em Curitiba, em setembro, o Batel continua a deter o maior valor do metro quadrado privativo para studios, lofts e apartamentos de um dormitório, na média de R$ 10.407,00. O bairro também tem o maior valor do metro quadrado privativo para os apartamentos residenciais novos de dois e três dormitórios, com média de R$ 11.987,00 e de R$ 10.212,00. Em relação aos apartamentos de quatro dormitórios, o Campina do Siqueira continua na liderança, com preço médio do metro quadrado privativo a R$ 11.462,00, em média.

A pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR) e da BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa, em setembro, contou com uma amostra de 370 empreendimentos e 10.362 apartamentos residenciais novos (na planta, em construção ou concluídos), à venda por construtoras, incorporadoras e imobiliárias, em Curitiba, em setembro.

Fonte: Mem Comunicação

Queda na renda reduz demanda e custos da construção civil descolam do índice de correção de preços oficial


Os custos da construção civil vêm subindo menos que a inflação geral neste ano. Em outubro, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 9,93% nos últimos 12 meses, o Índice Nacional da Construção Civil medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) alcançou 7,57% e o índice do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chegou a 6,03% no mesmo período.

“A inflação das famílias está em alta, então a renda está em queda, o que cria um ambiente de insegurança que faz diminuir a demanda por imóveis”, explica a coordenadora de projetos da construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), Ana Castelo.


Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), José Eugênio Gizzi, a baixa demanda provoca uma retração no setor, que se reflete em todos os fatores que compõem os índices de inflação da construção civil: mão de obra, serviços, materiais e equipamentos.

Materiais e equipamentos foram os mais afetados. “Há itens cujos preços tiveram reajustes maiores, como esquadrias de alumínio e tubos de PVC. Mas os itens que mais pesam no custo de uma construção tiveram índices menores e até negativos”, explica Ana. Entre eles estão o aço, cujo preço baixou 0,28% nos últimos 12 meses, e o cimento, que está custando 2,37% menos do que no mesmo período do ano passado.

R$ 1.203,03
foi o valor do Custo Unitário Básico da Construção Civil, em outubro. O índice ajuda a balizar o mercado, mas não considera outros custos como valor do terreno.

Mão de obra
Item com maior peso na composição dos índices, a mão de obra também acaba puxando a inflação para cima, principalmente devido as correções anuais de salários. Ainda assim, com o mercado enfraquecido, os reajustes têm sido mínimos e há demissões no setor. “Durante seis anos, até 2013, demos mais de 50% de aumento real nos salários da construção civil, porque naquela época havia grande competição entre setores pela mão de obra. Hoje ela não existe mais e as reposições salariais têm sido equivalentes à inflação”, diz o Gizzi.

Segundo ele, os serviços, que incluem taxas de licenciamento e gastos com projetos, também estão em baixa, contribuindo para a inflação menor. O que pesa no índice da construção civil são os tributos e os chamados custos administrados –água, energia elétrica, combustíveis –, além da depreciação do real.

Alívio pontual
Apesar de proporcionar um alívio para o setor, a redução de custos com mão de obra, serviços, materiais e equipamentos não vai ajudar a mudar o comportamento do mercado. “Ela não é suficiente para induzir um crescimento, porque a questão é a demanda”, resume a pesquisadora da FGV.

A melhora depende de um cenário macroeconômico de maior estabilidade, o que, segundo o presidente do Sinduscon, depende da redução da pressão inflacionária por meio do ajuste fiscal, do “bom encaminhamento” da crise política e da diminuição da taxa de juros. “O investidor precisa de uma melhora no humor da economia para tirar o pé do freio”, diz Gizzi, que se mantém otimista. “Sabemos que existe um crescimento demográfico e que o déficit habitacional ainda é muito grande. Isso precisa ser resolvido e vai estar em qualquer agenda de governo. Precisamos olhar para frente”, diz.

Aço e cimento
ficaram mais baratos no acumulado dos últimos 12 meses. Bastante utilizados nas obras civis, o custo menor tem pouco peso na inflação do setor.

Em Curitiba, valores de imóveis novos cresceram 4,9%
Apesar do momento ser considerado negativo para a construção civil, o preço dos imóveis em Curitiba continua avançando. Em agosto de 2015, o valor médio pago pelo metro quadrado foi de R$ 6.363,92, um crescimento de aproximadamente 4,9% em relação ao preço médio registrado um ano antes.

O aumento é impulsionado pela inflação. Além de o índice geral estar alto, o preço do imóvel sofre pressão da baixa demanda, em movimento semelhante ao que ocorre com a inflação do setor. “O motivo fundamental é a situação econômica nacional. Com a queda no emprego, por exemplo, afetando a renda, temos uma menor intensidade da demanda”, resume o sócio-diretor da Brain Bureau de Inteligência Corporativa, Marcos Kahtalian.

Segundo ele, o que evita com que aconteça uma queda mais acentuada nos preços é a própria inflação da construção civil. Mesmo mais baixa que a inflação geral, o índice força uma atualização nos custos de construção de imóveis, repassada ao consumidor.

O cenário deve permanecer sob a mesma tendência até o fim do ano. Mas o mercado prevê uma recuperação de preços em 2016. Os valores devem voltar a acompanhar a inflação, cuja projeção até agora é de 6,47%. “O setor espera que no ano que vem o cenário comece a melhorar”, diz Kahtalian. Ainda assim, a recuperação deverá ser mais intensa no final do ano.

Custo Unitário Básico da Construção Civil
Divulgado mensalmente pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil, o Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB) apresenta os custos para a construção por metro quadrado em cada estado do país e é utilizado como mecanismo de reajuste de preços em contratos de compra de apartamentos em construção.

Ainda assim, segundo o presidente em exercício da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), Jefferson Gomes da Cunha, o indicador não está diretamente relacionado ao preço do metro quadrado da construção, porque não abrange gastos com aquisição de terreno, obras e serviços complementares e projetos, entre outros.

Fonte: Gazeta do Povo

Sabe-se que os novos corretores de imóveis encontram as mais diversas e idênticas dificuldades no início de carreira. Pensando nisso, o Creci-PR desenvolveu um projeto chamado Creci-Jovem.  A intenção é desenvolver uma política específica para os novos profissionais, facilitando discussões de problemas comuns, além de integrar os novos profissionais no mercado com condições técnicas e adequadas ao exercício de sua atividade.

O primeiro ciclo de palestras desse projeto será realizado no dia 14 de novembro. Participe!