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SÃO PAULO – A medida que permite o pagamento do aluguel por meio de abatimento direto em folha  de pagamento ainda percorrerá um longo caminho no Congresso Nacional para se tornar lei. Contudo, especialistas em mercado de locação já comemoram a existência do projeto e preveem, caso o texto se torne lei, boas perspectivas para o segmento, como o aumento da oferta de imóveis para locação e queda nos valores do aluguel.

“Tudo o que facilita a prática de locação altera o mercado”, afirma o diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), Jaques Bushatsky. “Além de todas as forças normais de mercado, como demanda e oferta, também vemos que, diante de uma simplificação de uma lei qualquer, o mercado reage favoravelmente para todo mundo, locador e locatário”, reforça.

O projeto de lei, que tramita na Câmara dos Deputados, permite que o aluguel seja descontado em folha de pagamento e o valor a ser descontado não deve comprometer mais do que 25% da renda do inquilino. Para o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo), José Augusto Viana Neto, a proposta só beneficiará o mercado. “Quanto maior for a segurança para o locador, maior será o número de pessoas que vão atuar nesse mercado”, diz.

SÃO PAULO – Os brasileiros estão mais otimistas para comprar imóveis. Em junho, o ICCI (Índice de Confiança do Comprador de Imóvel), teve alta de 8,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, atingindo 128,7 pontos. Em relação a maio, houve queda de 1%. Calculado pela imobiliária Lopes, o índice tenta antecipar as tendências de compra de imóveis e a percepção que os potenciais consumidores têm da economia brasileira e da família.

A maior alta na confiança foi registrada no segmento de produtos de alto nível, que subiu 12,2%. Já o segmento econômico teve alta de 3,7%. O Índice de Situação Atual (ISA) cresceu 1,7% frente a maio, chegando a 124,1 pontos, o que denota alta de 23,5% em relação a 2009.

Futuro

O Índice de Expectativa diminuiu 3,4% entre maio e junho, para 132,2 pontos. Frente a 2009, a confiança no futuro também diminuiu (-3,7%).

Os corretores de imóveis podem obter nova renda mensal redigindo um documento chamado “Escrito Particular de Venda”. Segundo o código civil, artigo 108, este documento pode substituir a escritura pública nos imóveis ou terrenos com valor menor ou igual a 30 salários mínimos.  Os profissionais que moram em cidades pequenas são os mais beneficiados, pois ainda existem propriedades neste valor.

Este serviço é ainda pouco divulgado, então muitas vezes é desconhecido pelos registros de imóveis. Os profissionais devem conversar com os oficiais e alertá-los sobre a validade do documento que é garantido por lei. O contrato deve conter todas as exigências dos artigos 222 e 225 da lei 6.015/73, firmas reconhecidas, inclusive as das testemunhas, e ser enviado aos registros em duas vias.

O corretor de imóveis de Siqueira Campos, Rodrigo D. Teixeira, há um ano redige o Escrito Particular e afirma que é muito simples trabalhar com este sistema. “Descobri que este documento era válido em um livro de direito imobiliário e comecei a utilizá-lo, atualmente já produzi mais de 100 minutas”.

Das 945 mil propostas de construção de moradias recebidas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, 542 mil unidades começaram a ser construídas, segundo dados divulgados pela presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, nesta quarta-feira (14).

De acordo com a presidente da instituição, é possível que o programa atinja a meta de construir 1 milhão de moradias até o final deste ano.

Para Maria Fernanda, o programa foi determinante para o aumento do crédito imobiliário. A Caixa concedeu R$ 47 bilhões em financiamentos habitacionais em 2009, enquanto no primeiro semestre deste ano esse número foi de R$ 34 bilhões.

"É um aumento impressionante, principalmente se levarmos em conta que em 2003 a Caixa concedeu apenas R$ 5 bilhões em crédito habitacional", afirmou a presidente, segundo a Agência Brasil.

Um estudo realizado pela Ernst & Young, em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas), aponta que a construção civil será o setor mais beneficiado com a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014.

O setor lidera os R$ 22,46 bilhões de investimentos diretos que serão feitos para garantir infraestrutura e organização, seguida por serviços prestados às empresas, serviços de utilidade pública e serviços de informação.

No total, essas áreas deverão ter incremento da produção de R$ 50,18 bilhões.

Investimentos na construção
O impacto direto da realização da Copa no Brasil sobre a construção civil é estimado em R$ 6,91 bilhões, incrementando o PIB setorial em 5,63%. Contribuem para esse crescimento a construção e a reforma de estádios, a expansão e adequação do parque hoteleiro, investimentos na infraestrutura de transportes e reurbanização das cidades-sede.

Outros setores

O estudo indica ainda que, além da construção, receberão impulso significativo os segmentos relacionados ao setor de infraestrutura, como eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza pública fabricação de aço e derivados e cimento.