Notícias

Brasília - As alternativas oferecidas pela Caixa Econômica Federal para concessão de empréstimos foram destacadas pela presidente do banco, Maria Fernanda Coelho.

Após participar de entrevista a emissoras de rádio, no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em Brasília, ela citou os financiamentos habitacionais como políticas bem-sucedidas de liberação de crédito.

“Criamos as ilhas de habitação, que são espaços exclusivos onde o cliente tem informações sobre condições de financiamento, prazos e taxas de juros. Também na internet, qualquer cidadão encontra um simulador onde ele vê qual o prazo interessa [de acordo] com a renda que ele tem”, disse.

O atendimento aos beneficiados, segundo Maria Fernanda Coelho, é um dos itens que a instituição tem buscado aprimorar.

“Posso dizer que hoje nossa condição de atendimento é muito melhor. Mais de 15 mil novos empregados foram admitidos pela Caixa de 2003 para cá. Isso significa que a gente está qualificando está mão-de-obra. A melhor resposta talvez seja o volume de negócios que a gente tem feito. Nós temos ampliado de forma muito significativa a concessão de crédito tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica.”

Levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) considerou, no entanto, o sistema da Caixa falho em pelo menos dois aspectos. O órgão atribuiu nota 1, em escala de no máximo 5, para os critérios socioambientais na concessão de crédito e na liberação de crédito ao consumidor.

Maria Fernanda Coelho disse não ter recebido informações sobre o estudo, mas garantiu que o banco age com rigor para avaliar possíveis impactos decorrentes da má aplicação dos recursos.

“A Caixa é extremamente rigorosa [com critério ambientais]. Isso realmente tem um acompanhamento muito efetivo. Nós respeitamos toda legislação ambiental.”

Agência Brasil

Nete sábado (15 de março) serão sorteadas as primeiras 250 unidades do loteamento, das 479 previstas para o reassentamento de famílias da Vila Terra Santa.

O evento vai ser realizado às 10h30 na Escola Municipal Governador Leonel Brizola, número 21, no bairro Tatuquara em Curitiba.

A implantação e construção das casas do loteamento estão sendo feitas em parceria da Prefeitura e Cohab Curitiba, com o ministério das Cidades e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos repassados pela Caixa Econômica Federal (CEF).

Durante o evento, outras secretarias estarão presentes repassando informações e divulgando programas da prefeitura para a comunicade.

Educação ambiental, trabalho social e equipamentos como creche e casa comunitária serão alguns diferenciais importantes do loteamento Moradias Laguna.

I ENBRACI 

O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (SISTEMA COFECI/CRECI) e o Creci-DF (Conselho RegionaL de Corretores de Imóveis do Distrito Federal) realizam, em Brasília, o I ENBRACI: Encontro Nacional do Corretor de Imóveis. 

O evento vai acontecer de 04 a 06 de junho, na Capital do país, com o objetivo de reciclar os profissionais da área e colocar em debate temas relevantes para o mercado imobiliário.

Na programação do evento ocorrerá uma série de palestras com autoridades do setor. 

Entre os temas abordados pelos palestrantes convidados estão:

- PERSPECTIVAS DO MERCADO IMOBILIÁRIO
- DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO PLANEJADO
- OS RUMOS DA CONCESSÃO DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO NO BRASIL
- O CORRETOR DE IMÓVEIS NA VELOCIDADE DA INFORMÁTICA
- A RESPONSABILIDADE CIVIL DO INTERMEDIADOR IMOBILIÁRIO

A Comissão Organizadora do evento é formada pelos dirigentes: 

Luiz Carlos Attié, Presidente do Creci-DF,  
Admar Pucci Junior, Assessor da Presidência do COFECI e 
Miguel Antonio Luzia,  Creci-PR.

Mais informações sobre o evento e  formulários para inscrições poderão ser obtidos no site  www.enbraci.com.br. (após a páscoa) .

O tamanho da dívida, o valor dos juros, o prazo de pagamento, o preço do sonho. A compra da casa própria é uma das decisões mais importantes na vida de qualquer família. As condições podem ser tentadoras, mas é preciso tomar cuidado para não perder dinheiro.

É hora de tomar uma das decisões mais importantes na vida de qualquer família: a compra da casa própria. Mas o que fazer para se tornar um "feliz proprietário", sem correr o risco de perder dinheiro? Será que na hora de pegar um financiamento bate aquele friozinho na barriga?  

“Com certeza”, responde a costureira Maria Marques.

“Por causa do emprego, desemprego, tudo mais, a gente não sabe o que vai acontecer”, a técnica de sistemas, Teresinha Cardoso.

“Tem que pensar bem porque financiamento a longo prazo é uma divida bem alta. Você tem que planejar e estudar bem”, acredita o analista de planejamento Tiago Amarante.

O primeiro passo no longo caminho para a casa própria é planejar, estudar e pesquisar muito bem, já que as ofertas estão por aí.

“Em função da estabilidade econômica que o país atravessa, os financiamentos habitacionais cresceram de maneira muito significativa”, explica José Domingos Vargas, superintendente da Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro.

E como cresceram. O volume total de financiamentos imobiliários praticamente dobrou em apenas um ano: de R$ 9,3 bilhões em 2006 para R$ 18,3 bilhões em 2007.

Vinicius e Ana Paula compraram um apartamento de dois quartos por R$ 118 mil. Até a entrega das chaves, daqui a um ano, eles vão pagar parcelas de R$ 350. Eles estão fazendo poupança há algum tempo para pegar o menor financiamento possível.

“Vamos financiar em dez anos e estamos pensando em dar uma entrada de pelo menos 50% do valor do imóvel”, conta o administrador Vinícius Ferreira.

De acordo com o economista Luiz Carlos Ewald, a decisão é muito boa, pois quanto menos juros pagar, melhor será o negócio.

Marcela e Leonardo estão noivos e procuram aquele apartamento dos sonhos, algo em torno dos R$ 230 mil.

“A gente não quer começar uma vida cheia de divida. Queremos começar uma vida do jeito que a gente possa pagar”, fala a estudante Marcela Viegas.

Eles querem pagar prestações de R$ 2 mil por mês, em um financiamento a longuíssimo prazo: mais de 20 anos.

“Muito cuidado com o valor da prestação que vai ter que ser assumida na hora de pegar o financiamento”, porque se você se arrepender é complicado, acaba tendo que devolver o imóvel. Não pode dar um passo maior do que a perna”, aconselha Luiz Carlos Ewald.

“Se a pessoa fizer uma boa escolha, poderá pagar um valor de financiamento, inferior, inclusive, ao que paga hoje de aluguel”, afirma sé Domingos Vargas.

Uma dica importante para quem quer financiar é não comprometer mais de 30% do orçamento familiar com as prestações. Reforçando, no máximo 30%.

“Na hora de pegar o financiamento, o apartamento está pronto, você deve muito cuidado com o prazo, que pode chegar a 30 anos. No entanto, se você puder pagar mais R$ 180, ao invés de ser 30 anos, pode ser em 20 anos”, ensina Ewald.

Além do financiamento, outra dúvida que quase todo mundo tem na hora de comprar um imóvel na planta. Será que a construtora é sólida e vai mesmo entregar a obra no prazo?

“Eu sugiro que primeiro a pessoa investigue bastante uma construtora que tenha histórico e credibilidade, conheça suas obras. Depois é preciso fazer um planejamento para que ela realmente possa dar conta de comprar e saldar o seu pagamento”, aconselha o empresário Eduardo Barreto.

E será que é melhor comprar um apartamento já pronto?

“Eu não acho que é uma questão de melhor, é uma questão de caber no bolso ou não. No pronto, além de ser mais caro, o consumidor tem que dar um sinal maior. Na planta, tem um período maior para dividir essa poupança, o que vai facilitar”, diz Eduardo Barreto.

A comerciaria Fabiana Wondermoureem já comprou o apartamento dela no valor total de R$ 132 mil e ela vai pagar R$ 32 mil durante a obra e depois vai procurar um banco para financiar o restante.

Fabiana pode pegar esses R$ 100 mil em um banco que cobre no máximo com taxa de 9% ao ano. Como há concorrência, pode ser até menos. Outro cuidado: como ela está grávida, o primeiro filho consome 30% do orçamento de despesa do casal.

Assista a materia http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1676322-4005,00.html

Fonte: Rede Globo/Fantastico

A crise que começou no mercado imobiliário dos Estados Unidos e já atinge o setor financeiro pode atingir o Brasil. É o que afirma o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) Vander Mendes. Mendes afirma que desde 2002 o Brasil se beneficiou com uma bolha ascendente das especulações financeiras no mercado mundial.

“Agora esse mercado começa a ter problemas de honrar seus compromissos e conseqüentemente o Brasil não vai ficar de fora, assim como ele se beneficiou agora também ele vai ter que pagar por isso”, afirmou.

O professor Vander Mendes disse que a atual crise pode, sim, gerar conseqüências parecidas com as vistas na crise de 1929, que resultou na Grande Depressão. O professor acredita, no entanto, que os efeitos sociais podem não ser tão fortes.

“É de se esperar alguma recessão econômica? Talvez sim, principalmente na economia americana, mas talvez nem todas as economias vão ter as mesmas conseqüências, no nível inflacionário, de desemprego, ou seja, talvez as conseqüências sejam mais no nível financeiro”, afirmou.

Isso, no entanto, não significa que a sociedade não deva sentir a crise. Mendes argumentou que se os governos permitirem que os bancos percam o que ganharam até agora, os efeitos sociais vão aparecer. “Infelizmente o mercado globalizado é assim, quando se ganha, poucos ganham, os banqueiros ganham, mas quando se perde, não só os banqueiros que perdem”, disse.

Para neutralizar esses problemas, o professor ressalta a atuação do Estado e dos bancos centrais, não só pontualmente, como tem feito o governo dos Estados Unidos, como também intervenções coordenadas de bancos centrais de diferentes países. Esse tipo de atuação pode minimizar as conseqüências internacionais, pois também há bancos de países europeus – e mesmo de outros continentes – com negócios no mercado imobiliário norte-americano, ressaltou Mendes.

Fonte: Agência Brasil

O Banco do Brasil deve iniciar as operações no mercado imobiliário com recursos de poupança em cerca de 60 dias, segundo informou o vice-presidente de Cartões e Novos Negócios do Banco do Brasil, Aldemir Bendine.

Quinta-feira (27), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou resolução para permitir que os bancos que operam com crédito rural, como o Banco do Brasil, utilizem 10% da captação de recursos da poupança para o crédito imobiliário. A decisão também vale para os bancos que atuam com crédito imobiliário: eles poderão usar 10% de recursos de poupança no crédito rural.

De acordo com o vice-presidente, a meta não é concorrer com a Caixa Econômica Federal, que responde atualmente por mais de 70% do crédito imobiliário no país, mas atender a classe média, com financiamentos de imóveis entre R$ 120 mil e R$ 350 mil.

Bendine informou que desde setembro do ano passado o banco tenta conseguir autorização para atuar no Sistema Financeiro de Habitação. Atualmente, o Banco do Brasil só trabalha com a carteira hipotecária, que não contempla recursos oriundos de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo do Serviço (FGTS).

“O sistema financeiro de habitação contempla imóveis de até R$ 350 mil. Acima disso, vai para o sistema hipotecário”, explicou.

Neste ano, a estimativa do banco é aplicar R$ 1 bilhão no crédito imobiliário. “Temos uma expectativa de em quatro anos estar entre os três primeiros do mercado. Sempre considerando que a Caixa é a grande fomentadora do mercado, até porque exerce uma política governamental de financiamento da casa própria”, enfatizou.

Inicialmente, acrescentou, o foco do banco serão os correntistas: “Mas é nossa intenção, à medida que o produto evolua, trabalhar inclusive com o cliente não correntista.”

O vice-presidente de Cartões e Novos Negócios explicou ainda que, como o banco não oferece o crédito por meio do Sistema Financeiro de Habitação, muitos clientes procuram a concorrência. “Mais importante do que a conquista de clientes é a manutenção", alertou.

Fonte: Agência Brasil

Depois que o CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou que as instituições financeiras com poupança rural podem usar até 10% dos recursos ao crédito imobiliário, o Banco do Brasil começará a operar uma linha de financiamento para compra da casa própria para pessoas com renda acima de cinco salários mínimos (R$ 2.075).

De acordo com o gerente- executivo do banco, Sérgio Augusto Kurovski, o valor do imóvel a ser financiado ficará entre R$ 120 mil e R$ 350 mil, com possibilidade de utilização de crédito em 80% do valor da propriedade. "Estamos trabalhando com a expectativa de oferecer a nova linha a partir de junho", disse.

Sobre a taxa de juros, ele disse que será compatível com as do mercado. "Que hoje trabalha com TR [Taxa Referencial] mais juros de cerca de 9% ao mês". O prazo de financiamento, por sua vez, será de 240 meses. "Se, até o lançamento, sentimos necessidades de alongar, iremos aumentar", afirma.

Decisão
Em reunião na quinta-feira (27), o CMN determinou que as instituições financeiras captadoras de depósitos de poupança rural estão autorizadas a captar depósitos de poupança no âmbito do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), cujos recursos são destinados para o crédito imobiliário.

Da mesma maneira, as instituições atuantes no SBPE poderão captar depósitos em poupança rural, também até o limite de 10% do saldo total das aplicações. No entanto, as instituições financeiras só poderão começar a atuar nos novos mercados após receberem autorização do Banco Central para realizarem operações de crédito imobiliário e rural.

As instituições financeiras terão de manter controles internos que possibilitem a identificação do saldo diário de cada modalidade de depósito de poupança e deixar à disposição do BC, por um período de 5 anos, os dados relativos aos depósitos de ambas modalidades

Fonte: Info Money

Prefeitura de Curitiba define cores específicas para a divulgação externa de imóveis à venda e para locação

A instalação de placas de comercialização de imóveis tem regras mais rígidas em Curitiba. É que a Prefeitura – em parceria com entidades representativas dos setores da construção e habitação, entre elas o Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR) –, definiu a obrigatoriedade do uso da cor vermelha para as placas de “vende-se” e da cor verde para as de “aluga-se” nos imóveis da capital.

Entre as mudanças já em vigor pelo decreto, estão a proibição de placas feitas de papel, tecido ou materiais improvisados, além de dimensões máximas e sua localização nos imóveis. O material ideal não é especificado, mas uma das recomendações da Prefeitura é que seja de metal. A altura máxima que será permitida é de 60 cm e a largura de três metros, porém, na maioria dos casos (ver box) não irá ultrapassar 60 cm por 80 cm.

Segundo a Prefeitura, até julho o controle será apenas educativo, não haverá multas.

Embora exija uma completa reestruturação dos anúncios, já que hoje não existe nenhum padrão, as medidas foram bem recebidas por grande parte das imobiliárias e representantes do setor. “Estas regras são resultado de um consenso entre as imobiliárias, construtoras e o município”, diz Luiz Carlos Borges da Silva, presidente do Secovi-PR.

Para Luiz Nardelli, presidente da Redeimóveis – associação que reúne 11 imobiliárias de Curitiba – todas as mudanças que compõem o decreto representam avanços. “Já faz tempo que o nosso setor vem conversando com a prefeitura para regulamentar isso. Um dos principais problemas em relação à poluição visual, por exemplo, as placas nos postes, já não são mais colocadas desde o ano passado”. Para ele, a padronização de cores deverá ajudar o consumidor a identificar com mais rapidez a condição em que o imóvel está sendo oferecido.

Principais regras  
  
• O decreto 1.033 não permite o uso de placas de venda e locação de tecido (faixas), papel e materiais improvisados. A placa de 60 cm de altura por 80 cm de largura (padrão máximo na maioria dos casos), feita de metal, um dos materiais recomendados, custa em média R$ 115 em empresas especializadas em comunicação visual. A de lona, também permitida, custa bem menos, R$ 20.

• Nos apartamentos, a placa de tamanho máximo de 60 cm por 80 cm pode ser colocada na parte interna (janelas).
• Em condomínios verticais é permitido instalar suporte para a placa, mas ela deve estar no recuo do terreno ou na faixa de grama à frente. Neste caso, a placa deve ter, no máximo, 60 cm por 80 cm. Pelo decreto, em alguns outros tipos de propaganda externa, não se pode usar o suporte.

• Em casas, sobrados ou condomínios horizontais, pode ser colocada uma placa de até 60 cm de altura por um terço da frente do terreno (desde que não ultrapasse três metros). A sinalização que indica o caminho até o imóvel está proibida.
A regulamentação definindo as novas cores das placas será assinada hoje pelo prefeito Beto Richa. A medida faz parte do decreto 1.033 de outubro de 2007, em vigor desde novembro, e que pretende diminuir o impacto visual da publicidade externa na cidade.

Fonte: Gazeta do Povo

Decreto de Curitiba-PR, nº 1033 de 03/10/2007

(copie o link abaixo para visualização do Decreto 1033/07)

www.curitiba.pr.gov.br

Sylvio C. Lindenberg Fº

A atividade de corretagem imobiliária teve várias designações até ser reconhecida oficialmente. Com a evolução da atividade e com as transformações que estão ocorrendo, o corretor de imóveis vivencia uma fase esplendorosa e de grandes oportunidades profissionais.

Breve histórico da corretagem imobiliária

Uma atividade com várias denominações

"Gancho" era a denominação dada aos indivíduos que exerciam tarefas ocasionais. Essa foi uma das várias designações que identificavam aqueles que executavam trabalhos de forma esporádica e, ao final dos mesmos, recebiam comissões. Na fase colonial do Brasil, famílias de grandes fazendeiros começaram a procurar casas nas cidades. O processo lento e contínuo de transformação das pequenas cidades ou bairros de cidades grandes começou a oportunizar trabalho para muitas pessoas.

Os "mediadores" sabiam das oportunidades de negócios e as ofereciam às pessoas que queriam comprar um imóvel. Da transação realizada, a comissão paga, era proveniente do vendedor e do comprador ("meio a meio"). A atividade de aproximação de pessoas interessadas podia ser exercida por qualquer aspirante. Neste tipo de negócio, a ética, dependia mais da honestidade e da cultura das partes envolvidas.

Com a expansão da atividade e o aumento da concorrência, os "intermediadores de negócios" começaram a divulgar as ofertas de venda de imóveis em cartazes nas ruas, armazéns e em pequenas lojas de comércio.

O surto de urbanização nas primeiras décadas do século XX, devido à imigração de italianos, impulsionou o desenvolvimento da cidade de São Paulo. A implantação de fábricas exigia a concentração de um grande número de pessoas na mesma região, dando origem às vilas de operários e, com elas, a necessidade de habitação, transporte, saneamento, lazer. O "agente imobiliário" passou a precisar conhecer todas as características da região e dos imóveis onde se localizavam.

Cronologia dos principais fatos  para a regulamentação da profissão de corretor de imóveis

Primeiros Sindicatos
Com o passar dos anos, a atividade evoluiu e se especializou. Entre os principais fatos ocorridos, destacam-se: o reconhecimento do primeiro Sindicato de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro, em janeiro de 1937. Depois de serem conhecidos por vários nomes, inclusive como "agentes do comércio", em 1942, o Ministério do Trabalho, em sua Carta Sindical, designou-os como "Corretores de Imóveis". Uma característica marcante da atuação dos corretores de imóveis é estarem diretamente relacionados com a expansão e desenvolvimento das cidades.

No mesmo ano, o Sindicato de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro, em conjunto com o Sindicato de Corretores de Imóveis de São Paulo, lançaram o decálogo do corretor, que descreve como deveria ser o espírito e a conduta dos profissionais.  As imobiliárias surgem em meados da década de 1950, quando as pressões pela regulamentação da profissão ganham força.


Criação dos Conselhos e Cursos
Em 1962 foi criado o Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (COFECI) e os Conselhos Regionais (CRECI´s).

Como a Lei 4.116/62, foi considerada inconstitucional pela falta de curso técnico de profissionalização, sendo que, mais tarde, após muito empenho dos corretores de imóveis, no Congresso Nacional, foi aprovada a Lei 6.530 de 12/05/1978 e seu decreto regulamentador nº 81.871/78 de 29/06/1978, criando o Curso Técnico em Transações Imobiliárias (T.T.I.) e a elaboração do Código de Ética do Corretor de Imóveis. Consagrou-se o dia 27 de agosto como o "Dia do Corretor de Imóveis"

No ano 2000 foram criados os primeiros cursos superiores de graduação tecnológica de Ciências Imobiliárias e Gestão Imobiliária. Atualmente, o Curso Técnico em Transações Imobiliárias pode ser feito em escolas, na modalidade presencial, ou pelo ensino a distância (EAD). O profissional que conclui o curso superior está apto a cursar mestrado, doutorado e pós-doutorado.

Hoje, na corretagem imobiliária, não há mais espaço para o trabalho amador e de forma improvisada. O mercado passou a exigir qualificação dos profissionais e as escolas e as universidades vieram para suprir esta necessidade. 


Na atualidade - Uma atividade em ebulição
A agitação que está movimentando a corretagem imobiliária é proveniente da combinação da evolução da corretagem imobiliária com a estabilidade econômica do País e outras variáveis influenciadoras. Os corretores de imóveis vivenciam um momento fértil e promissor para a introdução de novas práticas e a criação de novas oportunidades de trabalho, como se pode constatar.


Mercado imobiliário aquecido
O consumidor considera bom o período atual para comprar bens de maior valor. O cenário macroeconômico favorável, com juros em queda, a geração de empregos com carteira assinada crescendo e a ampliação do crédito facilita a compra de um imóvel. Além disso, deve-se considerar que os imóveis, agora, têm prestações fixas e previsíveis, normas institucionais que trouxeram mais segurança jurídica, como o patrimônio de afetação e a alienação fiduciária. Estes fatores sinalizam o presente momento, tanto para a classe média como para classe de baixa renda. A tendência é de que a renda continue a crescer generalizadamente nos domicílios de todas as classes sociais, conforme a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), do IBGE. Trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos e representam 90% do déficit habitacional do país têm mais acesso aos imóveis próprios, tornando-se o novo alvo até mesmo de construtoras tradicionalmente voltadas para o público de alto padrão.

"Para pegar esta onda", o corretor de imóveis precisa se qualificar a fim de poder prestar um serviço com competência e excelência.  

O uso da Internet na corretagem imobiliária

Outra situação que está provocando uma grande ebulição na corretagem imobiliária é a importância da Internet, na área imobiliária.

Nos EUA, 80% dos americanos que buscam imóvel atualmente o fazem através da Internet; 25% dos compradores de imóveis encontram online o imóvel que compraram e 70% dos clientes de Internet contataram apenas um corretor de imóveis durante o processo de compra da sua casa.

O Brasil, em relação a outros países, está na 9ª posição, no uso da Internet. A Internet na comercialização de imóveis em lançamento e de terceiros ou avulsos está em franca expansão. Enquanto cerca de 5% dos internautas com acesso no domicílio visitam sites do setor no Brasil, esse número é de 13% nos EUA e 14% na Espanha.

Se o corretor de imóveis não dominar e participar do mundo de interação virtual, perderá a oportunidade de atender uma vasta gama de internautas, potenciais compradores.

Trabalho em rede

Nas últimas duas décadas, para superar os novos desafios da globalização - concorrência, revisão dos custos, manutenção e busca de novos clientes - as organizações do terceiro setor (ex.: imobiliárias) têm sido pioneiras na estruturação dos seus negócios em rede.

Este formato de atuação apresenta uma série de vantagens: os serviços prestados ficam mais próximos da clientela; eleva-se o nível de comprometimento e responsabilidade dos corretores de imóveis nas suas diferentes atividades; há inclusão de novas atividades no processo de preparação dos imóveis para venda; estabelecem-se laços fortes de unidade e confiança entre os corretores de imóveis; possibilita-se com as diferentes equipes um trabalho mais dinâmico e produtivo e com respostas mais rápidas às mudanças que ocorrem no mercado.

Trabalhando em rede, as imobiliárias rompem os vícios convencionais e têm como requisito a circulação de informação dos imóveis ofertados para um maior número de corretores de imóveis.

Para os corretores de imóveis que aderem à idéia de participar de uma rede, a mudança mais significativa é a de paradigma: "de uma atuação isolada e independente para uma atuação em parceria com os concorrentes".

Especialização em diferentes segmentos do mercado

O mercado imobiliário, cada vez mais, vem se diversificando. A corretagem imobiliária deve se adequar a esta nova realidade. Em grandes centros, as imobiliárias e os corretores de imóveis devem saber se posicionar e encontrar uma ou mais áreas de especialização. Estas áreas de especialização podem ser determinadas pelos seguintes critérios:

Funcional – Atua de forma convencional e comercializa todos os tipos de imóveis.
Por área geográfica – Atua em diferentes bairros ou regiões. Facilita o conhecimento do bairro e o atendimento às especificidades do local.
Por produtos – Atua com determinados tipos de produtos. Torna possível maior proximidade à clientela, o que facilita o conhecimento e domínio dos produtos similares que a concorrência oferece.
Por clientes – Atua junto a diferentes tipos de clientes em função dos perfis e das necessidades deles.
Por valor - Atua em função da variação do valor e dos tipos de clientes atendidos.
Misto – Atua combinando mais de uma forma de segmentação.

O corretor de imóveis que preferir atuar como especialista é um profissional que se ocupa exclusivamente de um segmento específico do mercado. Estratégia recomendada para o profissional que deseja ser o "melhor no mercado". Ex.: Especialista em apartamentos de 4 dormitórios (Por produto). Especialista em apartamentos de 4 dormitórios, no bairro Higienópolis (Misto – Por produto e Por área geográfica). 

Material de apoio às vendas e de uso exclusivo dos corretores de imóveis

As incorporadoras/construtoras, imobiliárias e as corretoras de imóveis precisam melhorar a qualidade das informações que são repassadas aos corretores de imóveis. A liberdade que os corretores de imóveis têm para apresentarem os produtos que vendem e de criarem os seus argumentos de vendas deixam as empresas muito vulneráveis, pois não possuem nenhum controle sobre o que está sendo dito a respeito do imóvel que está sendo oferecido. Pressupõe-se que os corretores de imóveis têm um bom conhecimento sobre o mercado imobiliário e sobre o imóvel que está sendo oferecido. Na prática, o que se observa é que os corretores de imóveis e os clientes dispõem das mesmas informações.

Convencionalmente, as empresas desenvolvem impressos com ilustrações (prospecto) e outros materiais de divulgação anunciando o imóvel. A comunicação fica focada nos principais diferenciais do imóvel oferecido: metragem, localização, planta, área de lazer e, principalmente, as condições comerciais: planos de financiamento, custo por m², prazo de pagamento, entre outros itens. A partir daí, o sucesso de vendas do imóvel fica aos cuidados do profissional. Para obter o sucesso esperado, as empresas precisam investir em um material de apoio às vendas, de uso exclusivo dos corretores de imóveis, pois são eles que lidam com os clientes – o centro de lucro da empresa.

São poucos os profissionais que estudam e preparam os seus argumentos de vendas, agregando mais informações às suas apresentações, ilustrando-as. Estes se mantêm mais ativos, encantam mais e, conseqüentemente, são éticos e obtêm mais êxitos. O mercado imobiliário é carente de corretores de imóveis que dominam a metodologia e sabem preparar um material de apoio às vendas. As empresas que comercializam imóveis precisam de um corretor de imóveis com esta especialização.



* SYLVIO C. LINDENBERG Fº- Corretor de Imóveis, Bacharel em Ciências Administrativas, Especialista em Marketing, Consultor de Empresas do Ramo Imobiliário. Ministra cursos, palestras, desenvolve programas de treinamento in company e trabalhos de coaching. Escreve artigos e é autor do livro Guia prático do corretor de imóveis: Fundamentos e Técnicas. São Paulo: Editora Atlas, 2006 – 2ª tiragem http://www.editoraatlas.com.br , e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Maringá vai sediar de 25 a 27 de abril a 11ª Feira de Imóveis de Maringá. O evento será realizado no Aspen Centro de Convenções e deverá reunir empresas do segmento da construção civil e entidades que desenvolvem atividades voltadas para o setor imobiliário.

Um dos principais objetivos da Feira Imobiliária é a divulgação do potencial de Maringá para toda a região e aquecer o mercado imobiliário para a economia local.

Sucesso absoluto nas edições passadas, a Feira de Imóveis é a oportunidade de reunir em um único lugar, investidores de Maringá e de toda a região. Em Maringá, o cenário local amplia as chances de negócios e fortalece ainda mais o setor. A boa safra agrícola; o crescimento do comércio, indústria e serviços; a posição geográfica de Maringá que fica no entroncamento entre vários estados e países e a presença forte dos centros universitários fazem dela uma das cidades do Brasil mais visadas pelos investidores do setor imobiliário.