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Verificar a idoneidade do vendedor e a documentação do imóvel pode evitar prejuízos
        
Recentes golpes envolvendo a venda ilegal de terrenos trouxeram novamente à tona a importância de cuidados básicos, como conferir a documentação do imóvel e do vendedor, antes de fechar a negociação. De acordo com profissionais de segurança e do mercado imobiliário, ao comprar o interessado deve estar atento a todos os procedimentos-padrão da transação para não cair em armadilhas aplicadas por estelionatários, que geralmente se passam por corretores, por supostos donos do imóvel ou até por vendedores autorizados pelo proprietário.

A dona de casa Gisele Alves Soares foi uma das vítimas desse tipo de golpe. Ela comprou, no início do ano, um lote em Piraquara por R$ 20 mil. A aquisição foi feita sem contrato de compra e venda nem registro da propriedade em cartório – Gisele ficou apenas com a escritura do terreno, que mais tarde descobriu ser falsa. Assim como outros 50 compradores do mesmo loteamento, construiu e mudou-se com a família para o novo endereço. Ao pedir o serviço de ligação de água veio a surpresa: o terreno havia sido vendido ilegalmente. “O lote estava em nome de outra pessoa e não da que nos vendeu. Tempo depois o verdadeiro dono apareceu. Foi aí que descobrimos o golpe”, explica.

Gisele foi vítima de uma quadrilha que já lesou pelo menos 60 pessoas moradoras da região metropolitana de Curitiba. De acordo com o delegado do 11.º Distrito, Gerson Machado, que acompanha os casos, os acusados de estelionato chegaram a criar uma falsa imobiliária, com sede em Curitiba. Eles foram ao cartório de registro imobiliário e copiaram as matrículas dos loteamentos. De posse do documento, fizeram escrituras frias e falsificaram documentos pessoais dos verdadeiros donos.

Para tornar a compra mais segura, o vice-presidente de Lançamentos Imobiliários do Sindicato dos Condomínios e Habitação do Paraná (Secovi-PR), José Paulo Celles, recomenda que o interessado consulte o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci) para saber se o profissional e a imobiliária estão registrados no órgão. Mas, o ideal, segundo ele, é que ao decidir comprar um imóvel, o interessado procure primeiro uma imobiliária com registro no Creci, que é o órgão fiscalizador da classe. “O que observamos é que a incidência dos golpes é maior nas negociações diretas entre proprietário e comprador. Quando existe uma empresa, ela exige a documentação completa do imóvel do vendedor. Isso dificulta a ação de criminosos”, diz.

Se for lesado, a Procuradoria do Consumidor (Procon-PR) recomenda fazer o registro de uma reclamação em seu cadastro. “Com isso, se os golpistas estiverem agindo com o nome de uma empresa, ela estará inscrita no nosso banco de dados. Essa é uma fonte de consulta que deve ser pesquisada antes de contratar qualquer prestador de serviço, para que o consumidor escolha uma empresa realmente idônea”, afirma Marta Favreto, assessora jurídica do órgão.

Perfil

Embora a Polícia Civil do Paraná não tenha registro do número total de ocorrências de golpes imobiliários, o delegado Gerson Machado aponta que casos de estelionato neste tipo de negociação não são raros. Para ele, as principais vítimas são compradores de pouca escolaridade e pessoas em busca dos chamados negócios irrecusáveis. “Geralmente os golpistas procuram gente simples, que muitas vezes não conhece o procedimento que dá segurança à compra. Mas também podem ser vítimas aquelas pessoas que querem um negócio muito fácil, barato e sem burocracia.” Machado alerta, no entanto, que mesmo não se enquadrando nestes perfis, todo comprador deve ter cuidado ao adquirir um imóvel.

Procedimentos indispensáveis

• Investigue o corretor: se a venda do imóvel ou lote estiver sendo feita por um corretor de imóveis, verifique se ele está registrado no órgão fiscalizador da profissão, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci). Somente profissionais com a inscrição estão autorizados a atuar. Anote o número na carteira de identificação do corretor e ligue para o Creci. Se ele estiver representando uma empresa (imobiliária), verifique no Creci se ela tem inscrição e no Procon-PR se existe registro de reclamação.

• Documentação: analise toda a documentação do imóvel. Vá ao cartório de registro imobiliário em que a propriedade está inscrita e confira o nome do verdadeiro proprietário. Também verifique na prefeitura a situação do bem (se há dívidas de IPTU ou impedimentos para a venda). É importante retirar todas as certidões negativas necessárias para constatar o verdadeiro estado legal do imóvel. Para isso, contrate um despachante, uma assessoria imobiliária, entre em contato com o Creci ou com cartórios e tabelionatos.

• Desconfie de propostas irrecusáveis: fique atento a preços muito baixos. Pode ser o atrativo utilizado pelos golpistas. Desconfie também das justificativas para o preço. Em geral, os criminosos alegam problemas de saúde na família ou necessidade de viagem urgente.

• Não tenha pressa: só feche negócio após checar toda a documentação. Evite dar sinal para segurar o imóvel. Se o vendedor estiver agindo de boa-fé saberá esperar.

• Anote os dados do vendedor ou corretor: ter o telefone, número da placa do veículo e endereço residencial dele ajuda a localizá-lo caso haja algo de errado.

Serviço:
Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas – (41) 3365-3748.
Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci) – (41) 3262-5505.
Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi) – (41) 3259-6000. Procon-PR – 0800 411 512.

Fonte: Gazeta do Povo
No dia 25 de setembro às 19 horas, duas turmas do curso de Técnico em Gestão Imobiliária, da Universidade Federal do Paraná Litoral (UFPR) de Matinhos, estiveram participando da palestra “Conhecendo o Sistema Cofeci/Creci”, na sede do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR). A palestra apresentada pelo diretor pedagógico do Creci-PR, Luiz Celso Castegnaro, teve como um dos objetivos mostrar aos alunos da universidade, a importância do Creci-PR na fiscalização da profissão dos Corretores de Imóveis.

Os universitários tiveram a possibilidade de conhecer um pouco da história da profissão de Corretor de Imóveis, desde a criação dos Conselhos Regionais, o porquê da importância de se ter um órgão regulamentar que acompanhe a auxilie seus profissionais, os procedimentos e maneiras de atuação na fiscalização da profissão.

A iniciativa de aproximar a universidade e o conselho, segundo Castegnaro, só vem contribuir para que os futuros formandos concluam o curso, muito mais preparados. “Isso é fundamental para que os novos Corretores de Imóveis, que ingressarão no mercado de trabalho, conheçam o órgão que representa a sua categoria profissional e a sua importância, antes de se formarem.”, destacou também o diretor pedagógico do Creci-PR que, durante o evento, apresentou conceitos básicos dos procedimentos e da legislação da profissão.

Durante as duas horas da palestra apresentada os mais de 40 universitários interagiram diretamente tirando suas dúvidas, com perguntas referentes aos trabalhos executados pelo Creci-PR.    

Depois da palestra, os alunos participaram de um coquetel oferecido pelo Creci-PR que, através da sua diretoria pedagógica, aproveitou para estender o convite à outras turmas e instituições que desejarem participar de eventos, para possibilitar a aproximação dos futuros profissionais com o órgão que os representará, após formados.
A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) está com inscrições abertas para o curso de Pós-graduação em Direito Imobiliário Aplicado à Gestão Empresarial até quarta-feira, 10 de outubro.

O curso ofertado pela PUC-PR é dirigido a gestores e profissionais da área imobiliária, portadores de diploma de nível superior, administradores, contabilistas, economistas, arquitetos, engenheiros e advogados.

As aulas acontecem nas terças e sextas-feiras no período noturno (19 às 23 horas), no campus Curitiba no bairro Prado Velho. As inscrições são feitas pelo site da PUC-PR www.pucpr.br/especialização.

Proposta do Curso
A gestão de negócios imobiliários precisa da formação de profissionais aptos a manejar, com habilidade e segurança, dos instrumentos jurídicos disponibilizados pela legislação nacional. O alto custo e a complexidade das atividades imobiliárias fazem antever a necessidade daqueles que estão nesse mercado, de uma formação acadêmica mais profunda, sólida e sistêmica.

Sob coordenação dos professores Roggi Attilio Ercole Filho e Paulo Rogerio Attilio Ercole esta será a terceira turma a se formar.

Decreto foi assinado nesta segunda-feira (8). O objetivo da nova legislação é reduzir em pelo menos 40% a concentração de painéis publicitários nas ruas da cidade
         
A publicidade externa, aquela feita por meio de outdoors, painéis e letreiros, terá que seguir uma nova regulamentação em Curitiba. Nesta segunda-feira (8), o prefeito Beto Richa (PSDB) assinou um decreto que restabelece as regras para o setor. O objetivo da nova legislação é reduzir em pelo menos 40% a concentração de painéis publicitários nas ruas de Curitiba.

O prefeito de Curitiba assinou nesta semana um decreto com novas regras para publicidade externa. Você acha que a medida pode deixar a cidade mais bonita?
Pela nova regulamentação, o número de painéis fica limitado por terreno, o que antes não ocorria. A legislação exige, no mínimo, 12 metros de fachada horizontal por painel e distância mínima de 10 metros entre eles. Para os outdoors, as exigências são suporte e moldura de metal, para aumentar a segurança. As molduras deverão ser pintadas em cinza e as publicidades precisam ser niveladas e alinhadas.

Os letreiros (placas de lojas) deverão ocupar, no máximo, 20% da fachada da loja. Letreiros com até 10 metros quadrados não precisam de licença para a instalação. Os grandes painéis nas fachadas “cegas” de prédios só poderão ser instalados nos edifícios corporativos, sendo que 70% do edifício deve ser ocupado pela mesma empresa ou instituição. Além disso, só serão permitidas mensagens institucionais nestes painéis. As empresas terão 120 dias para se adequar às exigências da regulamentação.

Padrões
Além de tentar reduzir o número de publicidade externa na cidade, a legislação estabelece novos limites para a instalação de outdoors e letreiros, padroniza o formato e o tipo de material utilizado. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o decreto é resultado de ampla discussão com empresas e profissionais do setor. Os debates começaram no ano de 2005. "Queremos melhorar ainda mais a paisagem urbana e manter a qualidade da comunicação publicitária nas áreas públicas", afirmou o prefeito Beto Richa à agência municipal de notícias.

Irregularidades
A prefeitura estima que existam de cerca de três mil painéis de publicidade em Curitiba, a maioria fora dos padrões. Desde 2005, vêm sendo retirados mais de dois mil quilos, por semana, de faixas e banners de propagandas irregulares.

Neste período, também foram recolhidos cerca de 600 painéis fora dos padrões. Em 2006, segundo dados da prefeitura, foram recolhidas 16.221 unidades irregulares de anúncios das ruas. Em média, foram feitas 1.350 apreensões por mês de publicidade irregular em cavaletes, faixas, banners, pinturas e postes.

Equilíbrio
Para o presidente Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Paraná (Sepex-PR), Romerson Faco, o setor precisava se modernizar, pois novas técnicas na área já vinham sendo utilizadas, algumas de forma irregular. “Muitos lojistas estavam usando ‘200%’ da fachada para fazer a publicidade e acabavam até atrapalhando o vizinho, que não conseguia fazer o seu anúncio. Isso agora vai ser proibido”, afirmou.

Novas regras começam a valer a partir desta segunda-feira (8)
O presidente do Sepex acredita que vai haver uma redução drástica no número de publicidades externas em Curitiba, mas isso não vai afetar o setor. “A atividade não vai ser extinta. Todo mundo vai ganhar, vamos continuar utilizando a comunicação visual e haverá um equilíbrio, pois as ‘megapublicidades’ deixarão de existir”, definiu Faco.

Além do Sepex, participaram da assinatura do decreto profissionais das seguintes entidades: do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi); do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci); da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon).

Fonte: Portal RPC / Prefeitura de Curitiba

A construção civil teve forte expansão nos últimos anos, em decorrência da estabilização econômica e de algumas reformas implantadas pelo Ministério da Fazenda e que beneficiaram o setor. Mas, para aumentar ainda mais a segurança e reduzir o custo das transações, o governo quer criar um registro imobiliário único, onde serão inscritos todos os ônus sobre as propriedades, uma espécie de versão imobiliária do Renavam - o cadastro único de veículos, em que constam multas e licenciamento pendentes, evitando, assim, prejuízos a compradores de boa-fé.

Em países como Portugal e Espanha todos os atos e fatos jurídicos envolvendo direta ou indiretamente um imóvel são anotados na matrícula do registro imobiliário e têm valor contra terceiros. Estão concentradas na matrícula as cláusulas de contratos de financiamento, regime de casamento dos proprietários, contratos de penhor, convenções de condomínio e ajuizamento de ações contra os titulares, além da eventual inscrição do bem na dívida ativa da União, de Estados e municípios.

Mas no Brasil os compradores podem ser surpreendidos por ações trabalhistas ou fiscais e até perder um imóvel adquirido com toda a base legal, inclusive com a apresentação da certidão negativa de ônus e alienação do registro de imóveis e das certidões pessoais dos vendedores.

O objetivo do cadastro único é baratear as operações imobiliárias, ampliando o acesso aos imóveis das famílias de renda média e baixa, as mais atingidas pelo déficit de moradias.

Análise feita pela ex-ministro Mailson da Nóbrega mostra que o ciclo de crescimento do setor de imóveis está sendo impulsionado pela expectativa de estabilidade macroeconômica, pela competição entre instituições financeiras, pela queda dos valores das prestações, entrada de investidores estrangeiros no setor e melhoria da segurança jurídica. O recorde no número de financiamentos - atingido em 1980 - deverá ser superado em 2008, acredita o ex-ministro.

Após a criação da alienação fiduciária de bem imóvel e do patrimônio de afetação, o registro único é instrumento indispensável à continuidade da expansão da construção civil e do crédito imobiliário. Trará novas responsabilidades a construtores e intermediários, alguns ainda negligentes com respeito à documentação e habituados a práticas antigas. Haverá, assim, mais segurança para os compradores finais de imóveis.

Fonte: O Estado de São Paulo